Uma obra-prima rara do Antigo Egito foi descoberta e reconstruída por equipe internacional de arqueólogos. A arte estava na tampa de um sarcófago em uma necrópole e é diferente de todas as outras obras de arte relacionadas ao Egito do passado.
A equipe, liderada pela arqueóloga italiana Patrizia Piacentini, da Universidade Estadual de Milão, encontrou a necrópole sob as areias do deserto não muito longe de Aswan, a 5 metros da superfície. O portal Ansamed indica que a necrópole “estende-se por mais de 25.000 metros quadrados na margem ocidental do rio Nilo, perto do Mausoléu de Aga Khan III”.
“Um dos túmulos já fez notícia no ano passado quando uma grande sala foi encontrada com cerca de 30 corpos enterrados durante o século II AEC”, disse a pesquisadora. O túmulo possuía arte funerária e uma maca muito rara para o transporte de cadáveres mumificados.
No local, a equipe encontrou um leopardo que foi pintado no estuque de uma tampa quebrada de um sarcófago. Na cultura egípcia antiga, este animal era o símbolo de poder e determinação. Segundo o Live Science, a representação do predador era “provavelmente destinada a fortalecer o espírito do recém falecido para a viagem à terra dos mortos”.
A imagem pintada do leopardo foi encontrada em mau estado e grande parte dela estava em falta, que havia sido pintada sobre o fragmento de uma tampa do sarcófago, que estava muito frágil e cheia de areia. Os especialistas decidiram retirar o estuque, com a imagem, da tampa, a fim de salvar a obra de arte. Era uma tarefa muito delicada e poderia facilmente ter ocorrido mal.
“Foi uma operação muito delicada que nos fez prender a respiração, tínhamos lágrimas nos olhos”, segundo Patrizia.
Reconstrução da obra de arte
De acordo com o Live Science, o leopardo “era comum no antigo Egito, mas é muito raro encontrá-lo pintado”. A equipe tirou o fragmento com a imagem do leopardo do local, a fim de preservá-lo.
Uma tecnologia de ponta foi usada num esforço para reconstruir digitalmente a pintura de 2.200 anos. Os pesquisadores conseguiram recriar o leopardo, que originalmente foi pintado de forma muito realista, com cores vibrantes e olhos largos.
“Fizemos a descoberta no final de janeiro de 2019, mas acabamos de terminar a restauração ‘virtual’ do fragmento”, disse Patrizia. A reconstrução digital demonstra as grandes habilidades dos artistas egípcios e sua capacidade de criar obras de arte realistas e naturalistas.
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