O que é um diamante criado em laboratório?

Francisco Alves

Um diamante criado em laboratório, ou diamante sintético, é produzido com um objetivo, e não criado aleatoriamente pela natureza. Ele é feito dentro de um laboratório, onde químicos replicam as condições que ocorrem na natureza.

Apesar de sua natureza sintética, o diamante criado em laboratório é absolutamente real, no sentido em que tem as mesmas propriedades dos diamantes criados na natureza. Suas características químicas e ópticas são idênticas às reais. Todos os diamantes são classificados dentro das escalas GIA ou AGS, que nos informam sobre a pureza do diamante ou quantas inclusões afetam sua clareza. Dessa forma, os diamantes criados em laboratório não são falsos.

Diamante real ou diamante criado em laboratório

A única diferença entre o diamante criado em laboratório e o verdadeiro está na forma como são feitos. Dentro de um laboratório, os cientistas podem manipular cada passo do caminho, e uma das diferenças mais significativas está na rapidez com que eles podem fazer um diamante, em comparação com os processos que ocorrem no mundo natural. Para colocar as coisas em perspectiva, levará entre 1 e 3 bilhões de anos para que um diamante seja criado naturalmente. Por outro lado, para criar um diamante que teria aproximadamente o mesmo tamanho daquele que levou um bilhão de anos para se formar na natureza, os cientistas podem fazê-lo de 10 a 12 semanas.

O que é um diamante criado em laboratório?

Como saber se é um diamante criado em laboratório

Você não consegue saber a diferença entre um diamante criado em laboratório e um diamante real se não tiver equipamento especializado, mesmo sendo um especialista. A melhor forma de ver a diferença é olhar para o relatório de classificação. Se um gemólogo profissional está determinando se um diamante é extraído ou cultivado em laboratório, ele usa a ampliação para olhar para a natureza das inclusões. As inclusões em um diamante natural parecem ligeiramente diferentes do que em um diamante criado em laboratório. Às vezes também há diferenças na forma como o diamante reflete a luz em comparação com um diamante sintético.

Mas, em tese, quando se olha para um diamante criado em laboratório ao lado de um diamante natural, é praticamente impossível distinguir os dois.

Métodos utilizados para um diamante criado em laboratório

O procedimento para criar um diamante sintético é altamente controlado, e a mesmo não se aplica à natureza, no qual as coisas dependem de mudanças geológicas, como os súbitos picos de mudança de pressão e flutuações de temperatura. 

O que é um diamante criado em laboratório?
Diamante natural aninhado em kimberlito. 

O diamante criado em laboratório é feito por um dos dois métodos: HPHT e CVD. HPHT significa Alta Pressão e Alta Temperatura, em inglês, enquanto CVD significa Deposição de Vapor Químico, em inglês. HPHT é um método mais barato. Em poucas palavras, os diamantes sintéticos são criados em um processo no qual grandes prensas são usadas para criar imensas quantidades de pressão. A pressão sobe para 5 GPa (pressão manométrica) e as temperaturas sobem para 1500°C/2732°F. No procedimento CVD, os átomos de carbono são transformados com a ajuda do plasma de carbono. 

Existem mais dois métodos, mas não são amplamente utilizados ou não são usados ​​para fins comerciais. Um deles é chamado de síntese por detonação, processo em que diamantes de tamanho nanométrico nascem quando um explosivo que contém carbono detona. Os cientistas podem produzir diamantes sintéticos usando ultra-sons poderosos. No entanto, este método não é viável devido aos altos custos do equipamento. 

Uma coisa interessante é que os diamantes sintéticos são muito mais baratos que seus primos naturais. Os diamantes de laboratório custam cerca de 30% menos que os reais e, no entanto, sua beleza e características são absolutamente as mesmas. A única coisa é que eles não levaram bilhões de anos para se formar, que é o principal apelo dos diamantes reais.

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