Nova espécie de pinguim ‘fofinho’ foi descoberta na Nova Zelândia

Damares Alves
Imagem: Simone Giovanardi

A nova espécie de 3 milhões de anos foi carinhosamente nomeada de o “Pequeno Pinguim de Wilson”, ou formalmente de Eudyptula wilsonae. O resultado dessa descoberta foi publicado recentemente no Journal of Paleontology. Surpreendentemente, esta espécie é considerada a mais antiga entre os pinguins extintos já conhecidos.

Os pesquisadores encontraram dois crânios fossilizados desta criatura encantadora na Ilha Norte da Nova Zelândia, um jovem e um adulto. Infelizmente, sem esqueletos completos disponíveis para análise, o tamanho exato desses incríveis animais continua sendo um mistério. No entanto, é provável que sejam comparáveis aos pequenos pinguins atuais, que pesam por volta de dois quilogramas e medem cerca de 13,5 centímetros.

Este achado lança uma nova luz sobre a evolução dos pequenos pinguins existentes atualmente e sugere sua origem na região da Nova Zelândia. Daniel Thomas, zoólogo da Universidade Massey da Nova Zelândia disse: “Isso é importante quando se pensa nas origens desses pinguins…”.

A dura realidade das mudanças climáticas

Os pequenos pinguins de hoje ainda estão vivendo um relativo sucesso evolutivo ao resistir a mudanças ambientais drásticas ao longo dos milênios. No entanto, esse cenário promissor está ameaçado pelas recorrentes interferências humanas no clima global.

O aumento das temperaturas oceânicas força os peixes a buscar águas mais frias em profundidades maiores, tornando difícil para os pequenos pinguins alcançarem sua comida. Como consequência direta desse fenômeno relacionado às mudanças climáticas, foram encontrados corpos de centenas desses adoráveis animais nas costas do norte da Nova Zelândia no último verão.

Novas perspectivas para estudar o impacto das mudanças climáticas

Os cientistas agora buscam compreender como o aquecimento global pode afetar todo ecossistema neozelandês revisando registros do passado natural do país. A pesquisa liderada por Alan Tennyson irá examinar com mais detalhes os crânios fossilizados dos “Pequenos Pinguins de Wilson” em busca de mais evidências.

Estamos diante de um grande desafio ambiental. Segundo alertou Thomas à ao portal NZ Herald, “o aumento das temperaturas está permitindo que os animais tropicais expandam seus alcances…”.

Para fechar com chave de ouro essa saga paleontológica envolvendo essas aves tão peculiares e adoráveis, vale lembrar que a mesma equipe também descobriu recentemente a maior espécie de pinguim conhecida na Terra. Os gigantes pesavam nada menos que 340 quilogramas e habitaram a Nova Zelândia há aproximadamente 50 milhões de anos atrás.

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