Diversas crianças são fãs da natureza e apresentam a mente como a de cientistas. No entanto, é raríssimo algum deles escrever um artigo, ainda mais quando são pequenos. A jovem Grace Fulton, de 6 anos, pode ser autora de um artigo científico sobre corujas.
Não é de hoje que algumas crianças aparecem como prodígios. Assim, muitas delas acabam entrando na universidade antes da hora e conseguem bater o QI de gênios como Albert Einstein e Stephen Hawking. Logo, ela puxou o gosto pela ciência de seu pai, Graham Fulton e já até pensa em seguir na área da biologia.
Entenda como foi a pesquisa
O pai da menina é o coautor e garante que Grace é o cérebro por traz do trabalho de pesquisa, que foi elaborado após diversas etapas. Graham Fulton, o pai, é ornitólogo da Universidade de Queensland, e em uma pesquisa recente estudou a vida das corujas.
Durante a pesquisa, Graham comparou a presença de corujas em um parque de Brisbane, na Austrália, com a floresta tropical Mount Glorious, que fica nas proximidades. Conforme ele, sua filha Grace frequentava o trabalho de campo sempre que possível. A menina era a responsável ainda por ler os dados e identificar qual era a coruja mais comum, de acordo com as páginas do Excel.
“Ela faz perguntas que inspiram pesquisas, analisa os dados, nunca para de aprender, me corrige quando eu identifico o pássaro errado”, acrescentou Graham, com isso, os dois foram mencionados como autores no trabalho publicado na Pacific Conservation Biology.
O artigo científico sobre corujas identificou praticamente a ausência delas nos subúrbios. “Achamos que os parques da cidade devem estar ligados a florestas maiores, onde as corujas se reproduzem. Eles então entram nos parques procurando comida esporadicamente”, disse Graham.
O artigo científico sobre corujas bateu algum recorde?
Com essas informações talvez vocês tenham ficado curiosos, será que esse foi um recorde? A mais jovem autora de um artigo científico? Mas, não existe um recorde mundial do Guinness para ser o mais jovem a ter um trabalho do tipo a ser publicado.
Mas, quando Sophia Spencer foi coautora de um estudo sobre mídias sociais e o amor pela ciência, em 2017, na época com oito anos, foi tratada como a autora mais jovem para um artigo científico. Aliás, até hoje ninguém contestou essa afirmação, então provavelmente Grace Fulton bateu o recorde.
Além desse artigo científico sobre corujas, Grace é a principal autora de um trabalho que está em revisão. Assim, nessa pesquisa, registrou um ninho de pássaro em um ambiente que antes não havia. A menina já demonstrou a intensão em ser uma pesquisadora de borboletas, embora seu pai diga que elas “são apenas comida de passarinho”.
Eles estão com uma campanha aberta buscando doações, para que Grace e Graham possam realizar um trabalho ao norte de Queensland. Dessa maneira, a ideia é buscar informações sobre a agressão em coletores de mel, algo que o pai já realiza há 29 anos.
O trabalho foi publicado na Pacific Conservation Biology, clique aqui para acessá-lo em sua versão original.
