No final deste ano, a NASA planeja lançar o Telescópio Espacial James Webb (JWST), o tão esperado sucessor do Telescópio Espacial Hubble que deverá revolucionar a pesquisa espacial.
Porém, alguns cientistas estão preocupados dizendo que Webb pode não ser a pessoa certa para nomear um observatório tão importante.
Ele era um administrador da NASA e teve uma extensa carreira no Departamento de Estado, onde os cientistas estão apontando pioneirismo na guerra psicológica e ajuda para expulsar gays das listas de agências governamentais.
Telescópio James Webb
O argumento é de um trio de cientistas em um novo artigo de opinião da Scientific American. Os autores são o físico Chanda Prescod-Weinstein da Universidade de New Hampshire, a astrônoma Sarah Tuttle da Universidade de Washington e a astrônoma do Adler Planetarium Lucianne Walkowicz.
Eles dizem que a liderança de Webb durante a era Apollo não pode apagar o impacto mas amplo que ele teve no mundo, especialmente quando trata-se de um impacto terrível sobre os grupos marginalizados. Sendo assim, a NASA já tem um passado complicado no que diz respeito à atribuição de nomes.
Por exemplo, costumava chamar o asteroide Arrokoth pelo nome de “Ultima Thule”, mudando apenas em 2019 após reclamações sobre as conotações neonazistas associadas a esse nome. Mas uma iniciativa recente da NASA oferece esperança: a agência anunciou que revisaria todos os vários apelidos atribuídos ao longo dos anos e que seriam ofensivos ou inadequados.
Os autores do artigo não são os primeiros a criticar Webb por motivos semelhantes e sugerem que ele não seja a melhor pessoa para imortalizar o telescópio com seu nome. Sua liderança na NASA é diferente de seus esforços para prejudicar a comunidade LGBTQ+ e seu papel na adoção da guerra psicológica o tornam muito menos digno de comemoração.
Enfim, os cientistas escreveram pensar ser a hora de renomear o telescópio James Webb por ser uma missão tão importante e que promete viver na psique popular e científica por décadas.