Um grupo de físicos tentou calcular com mais precisão quanto tempo levaria para explorar a outros sistemas estelares em nossa galáxia, usando naves espaciais e tecnologias disponíveis atualmente.
Eles utilizaram a velocidade de quatro sondas espaciais não tripuladas já lançadas pela NASA. Os números alcançados pelos pesquisadores também nos dão uma ideia de quanto tempo a humanidade pode levar para sair além do alcance do Sistema Solar.
E parece que os futuros viajantes espaciais terão de se instalar a longo prazo: pode levar dezenas de milhares de anos até que uma destas sondas se aproxime de outro sistema estelar, e vários milhões de milhões de anos até que haja um impacto direto.
Para chegar a suas conclusões os pesquisadores estudaram os dados mais recentes do observatório espacial Gaia. O mapa mais atualizado de Gaia tem a localização de cerca de 7,2 milhões de estrelas. Eles então combinaram esses dados com os caminhos projetados das sondas espaciais Pioneer 10, Pioneer 11, Voyager 1 e Voyager 2, lançadas entre os anos de 1972 e 1977.
Os resultados mostram que nos próximos milhões de anos, essas quatro sondas se aproximarão razoavelmente (em termos cósmicos) de cerca de 60 estrelas. Eles chegarão relativamente perto de 10 estrelas nesse período, mas acontece que este “relativamente próximo” significa dentro de 2 parsecs, ou seja, mais de 6 anos-luz de distância.
Para colocar isso em perspectiva, a órbita de Plutão apenas a leva a pouco mais de 7 bilhões de quilômetros. Portanto, nossas sondas ainda estarão dezenas de milhares de vezes distantes das estrelas alienígenas.
Esses cálculos ainda precisam ser revisados por pares, mas eles nos dão uma ideia da escala da galáxia, sem mencionar todo o Universo, e o tipo de tecnologia que a humanidade terá que desenvolver para ir além do nosso Sistema Solar.
Talvez tenhamos que passar várias gerações em trânsito para alcançar as estrelas mais próximas, pelo menos até os cientistas descobrirem como desenvolver as unidades de dobra que até agora continuam sendo apenas objetos de livros e filmes de ficção científica.
A pesquisa ainda não foi publicada, mas está disponível no servidor de pré-impressão arXiv.org.
FONTE / Science Alert