Uma nova tecnologia surpreendente está chamando a atenção no mundo da inovação climática. Uma empresa chamada SpiralWave desenvolveu uma coluna alta e transparente que emite esferas de plasma brilhantes. Este dispositivo incomum não é apenas um espetáculo visual peculiar, ele possui um propósito sério.
À medida que o plasma sobe em espiral pela coluna, ele remove dióxido de carbono do ar. O processo transforma o gás em metanol verde, um combustível renovável que produz muito menos emissões de carbono.
O CEO e cofundador Abed Bukhari explicou: “Você pode ver o plasma aqui em pulsos muito rápidos. Com cada pulso, ele quebra o CO2.”
Esta invenção intrigante foi apresentada no evento TechCrunch Disrupt 2024, atraindo olhares curiosos e levantando questões sobre seu potencial impacto na crise climática. Embora seja cedo para dizer se esta tecnologia pode fazer uma diferença significativa, ela certamente representa uma abordagem única e fascinante para lidar com as emissões de carbono.
A SpiralWave inovou na abordagem para reduzir o dióxido de carbono na atmosfera. Seus protótipos, o Nanobeam e o Microbeam, usam plasma frio e ondas de micro-ondas para quebrar as ligações moleculares do CO2 e da água.
O processo é engenhoso. Três pulsos de micro-ondas com frequências diferentes atuam em sequência. O primeiro separa o CO2 em CO, o segundo divide a água em H e OH, e o terceiro une esses elementos para formar metanol.
Essa tecnologia é altamente eficiente. Converte cerca de 75% da energia elétrica usada em metanol ao focar no CO2 atmosférico. Para gases de combustão, como os emitidos por usinas de energia, a eficiência chega a 90%.
O fundador da SpiralWave, Bukhari, teve a ideia enquanto trabalhava em outra startup. Ele precisava criar um equipamento usando plasma frio, comum em lâmpadas fluorescentes. Isso o inspirou a buscar uma solução para o excesso de CO2 na Terra.
O Microbeam, com mais de 1,80 metro de altura, é o protótipo mais visível da empresa. Ele representa um avanço significativo na busca por métodos eficazes de redução de gases do efeito estufa e conversão em combustíveis úteis.
Maior é Melhor
Os dispositivos atuais transformam uma tonelada de CO2 do ar em metanol usando 10.000 kWh de eletricidade. Com níveis mais altos de CO2, esse consumo cai para 7.000 kWh. Embora seja muita energia, o processo remove gases do efeito estufa e produz combustível renovável, podendo usar energia verde em horários de baixo consumo.
O impacto total ainda é incerto, mas há ambições grandiosas. O objetivo é criar uma versão gigante do aparelho, com mais de 90 metros de altura, capaz de extrair cerca de 1 gigatonelada de CO2 por ano.
“Para combater as mudanças climáticas, precisamos remover 10 gigatoneladas de CO2 anualmente”, afirmou Bukhari à TechCrunch.
Essa tecnologia promissora pode ser crucial nos esforços contra o aquecimento global. Ao remover grandes quantidades de CO2 da atmosfera e produzir combustível limpo, ela oferece uma abordagem dupla para enfrentar desafios energéticos e ambientais.