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Cérebro & Saúde

Estar com a cabeça molhada pode trazer menos danos ao tomar um raio

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Em janeiro, uma pessoa morreu e sete ficaram feridas na Praia Grande, no litoral de SP, devido a uma queda de raios. Anualmente, são diversos os casos de pessoas que sobrevivem a quedas de raios, até mesmo quando ele atinge diretamente na cabeça da vítima.

Entretanto, raios possuem milhões de volts e até milhares de amperes, além de gerar um imenso calor onde atingem.

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Um novo estudo sugere que estar molhado é o que pode salvar a pessoa do raio.

“Se você está ao ar livre e não há abrigo, a pele molhada é melhor do que a pele seca, porque a película de água é como um ‘revestimento protetor’”, disse ao The Guardian René Machts, autor principal do estudo publicado no periódico Scientific Reports.

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Entretanto, o pesquisador lembra: “Encontrar um local ‘protegido’ e encolher-se o máximo possível é mais seguro”.

Já havia sido notado, anteriormente, que a pele molhada poderia diminuir o impacto de uma corrente elétrica de um raio no corpo de uma vítima. Agora, o novo estudo analisa o impacto especificamente na cabeça.

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Pessoas atingidas por raios na cabeça possuem uma taxa de sobrevivência menor do que se atingidas em outras parte do corpo. Entretanto, ainda assim, a taxa de sobrevivência é impressionantemente alta. Essa taxa, para atingimento na cabeça, fica entre os 70 e 90%.

A cabeça molhada pode trazer menos danos ao tomar um raio

“Examinamos visualmente cada simulador de cabeça após cada série de testes. Qualitativamente, o simulador de cabeça da série de testes sem chuva foi mais danificado do que o da série de testes com chuva”, explica a equipe no artigo.

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A equipe notou muitas diferenças físicas entre os danos dos dois casos.

“O simulador da série de testes sem chuva apresentou mais pontos de impacto no couro cabeludo e o couro cabeludo estava mais desidratado (antes do teste, a superfície do simulador sempre se sentia molhada e escorregadia e após o teste, a superfície do simulador sempre se sentia seca e porosa) em comparação com a superfície do simulador com chuva. Para o simulador da série de testes com chuva, observamos apenas quatro pequenas perfurações (diâmetro < 2 mm) do couro cabeludo”, diz o artigo.

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“Nossos experimentos com simuladores de cabeça humana fornecem evidências práticas para o efeito teoricamente postulado de que a pele molhada pela chuva pode ter melhor comportamento protetor contra raios do que a pele seca”, explicam os pesquisadores.

Entretanto, os pesquisadores alertaram para algumas limitações do estudo, que envolvem as amplitudes consideradas nos testes e as que podem ocorrer na natureza.

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“Os experimentos mostrados aqui consideram provavelmente apenas até 50% das amplitudes de correntes de raios que ocorrem na natureza”, diz o artigo.

Agora, os pesquisadores querem melhorar o simulador de cabeça para tentar buscar resultados mais completos e análises mais aprofundadas. Não foram considerados outros elementos cobrindo a cabeça e, além disso, o simulador não contém a presença do corpo completo, e sim apenas da cabeça humana.

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“Nosso objetivo é melhorar o simulador da cabeça e considerar esses elementos em pesquisas futuras. Além disso, não consideramos capacetes como capuzes ou capacetes, o que precisa ser mais investigado”, diz o artigo.

Além disso, o estudo analisou apenas danos físicos.

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“Embora relatemos aqui apenas os achados físicos, não biológicos, há implicações biológicas associadas aos nossos achados que devem ser investigadas em trabalhos futuros”.

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