O Sol é muito fascinante, com suas erupções solares, suas manchas que surgem e se vão, seu brilho, que varia com seu ciclo sem fim. É realmente algo muito legal de se ver. Por isso a NASA fez um timelapse de dez anos de atividade solar.
Solar Dynamics Observatory (SDO) é um observatório espacial da NASA lançado em 2010 para estudar o Sol de uma maneira mais aprofundada, com diversos instrumentos de última geração.
Dentre eles, destaca-se dois: o Extreme Ultraviolet Variability Experiment, equipado com equipamentos e sensores para inferir a liberação de raios ultravioleta, uma luz já fora do espectro visível.
O segundo é o Helioseismic and Magnetic Imager, que estudou algumas atividades e características internas do Sol e alguns detalhes das atividades magnéticas que ocorrem em sua superfície.
Durante esses dez anos, a sonda capturou uma foto a cada 0,75 segundo com três instrumentos diferentes e outra foto a cada 12 segundos com Atmospheric Imaging Assembly (AIA), que captura 10 comprimentos de ondas diferentes.
Todas essas 425 milhões de imagens em alta resolução de nossa estrela foram um pouco pesadas, é claro. No total, o acúmulo foi de 20 milhões de gigabytes de dados.
Foi um dos equipamentos que estudou mais detalhadamente o Sol da história, trazendo muitos novos conhecimentos sobre a estrela, que está ao nosso lado e ainda assim apresenta muitas incógnitas.
Com todas essas imagens, a NASA criou um timelapse desses dez anos de atividade solar. Esse tempo, inclusive, coincide com um ciclo conhecido como ciclo solar, onde é possível observar as transições.
O ciclo solar
Ciclo Solar de Schwabe, ou simplesmente Ciclo solar, ou é um ciclo que dura 11 anos no qual o Sol atinge sua potência máxima, e em seguida esse brilho passa a diminuir e após atingir o mínimo possível, volta a crescer.
O período de maior brilho é conhecido como máximo solar. O período onde o brilho está o mais baixo é conhecido como mínimo solar. Ademais, o ano de 2020 é uma das mudanças entre esses ciclos.
Também há variações repentinas no campo magnético. O norte se torna sul e vice e versa. E, portanto, são essas variações que ajudam na ocorrência do máximo ou do mínimo solar.
O Sol é um corpo de quatro bilhões e meio de anos pairando pelo espaço enquanto repete esse ciclo a cada onze anos, sem fim. Se você pensa que sua vida está entediante, pense nele.
O timelapse
Todas essas 425 milhões de imagens e 20 milhões de gigabytes não renderam apenas ciência. As pessoas comuns – e porque não também os cientistas? – podem desfrutar do experimento.
A NASA criou, com as imagens, um timelapse, comprimindo os dez anos em aproximadamente uma hora, onde é possível notar também toda essa atividade solar descrita no texto.
Note que em alguns momentos o Sol possui diversas variações no brilho, manchas surgem e desaparecem. Também é possível notar o plasma pulando pela superfície durante as erupções solares.
O vídeo também é acompanhado pela música “Solar Observer”, que foi composta pelo músico Lars Leonhard especialmente para servir como trilha sonora para o timelapse.
Sem mais delongas, veja o timelapse:
Com informações de LiveScience e NASA.