Em um vídeo sombrio, é possível conferir a impressionante demonstração de estratégia e precisão com que as majestosas orcas perseguem e atacam o gigante das águas, o tubarão-baleia, de forma meticulosa e letal. Na gravação, o maior tubarão do mundo tem fígado sugado por orcas. É de arrepiar!
Nesse cenário único, temos a oportunidade rara de testemunhar a forma como essas criaturas marinhas impressionantes aprenderam a focalizar suas habilidades predatórias em grandes presas, selecionando cuidadosamente apenas as partes mais valiosas para seu consumo.
Maior tubarão do mundo tem fígado sugado por orcas
Um novo e impactante vídeo capturado por James Moskito, CEO da Ocean Safaris, que ilustra o engenhoso e comportamento letal das orcas, também conhecido como Orcinus orca, ao enfrentar o desafio de predar o imponente tubarão-branco, Carcharodon carcharias.
Nesse registro, fica claro que essas criaturas marítimas desenvolveram uma habilidade de executar um procedimento peculiar, removendo meticulosamente os órgãos de sua presa, cujos corpos estão sendo frequentemente encontrados em praias.
A técnica empregada pelas orcas para submeter os tubarões-brancos ao estado de “imobilidade tônica” é impressionante. Ao golpearem seus alvos com precisão, eles ficam desorientados, causados um estado de catatonia momentânea.
Com maestria, as orcas posicionam os tubarões de cabeça para baixo em suas mandíbulas, mantendo-os assim até que alcancem o estado catatônico desejado. Somente então, as orcas prosseguem com a tarefa delicada de realizar a retirada segura dos órgãos dos tubarões, incluindo seus cobiçados fígados.
Vale salientar que ainda que possa ser considerado perturbador para alguns, o vídeo é um registro da complexidade e diversidade da vida oceânica.
Tubarão-baleia é vítima das impressionantes orcas
O registro dessa impressionante habilidade predatória não é limitada apenas aos tubarões-brancos, pois o novo vídeo agora revela um tubarão-baleia passando por esse mesmo procedimento mortal nas garras estratégicas das orcas. Essa observação nos permite compreender ainda mais o grau de adaptação e inteligência que essas criaturas aquáticas apresentam, ao aprenderem a lidar com diferentes presas de maneira específica, demonstrando sua notável capacidade de aprendizado, evolução comportamental e retirada dos órgãos de forma cirúrgica.
Os magníficos tubarões-baleia, também conhecidos pelo nome científico Rhincodon typus, detêm o impressionante título de maiores tubarões e peixes do mundo, mesmo que em termos de peso o Mola mola ainda os supere. Devido ao seu tamanho colossal, essas majestosas criaturas possuem poucos predadores naturais. No entanto, essa vantagem aparente não é garantia de segurança quando se deparam com as astutas orcas à espreita.
O vídeo aterrorizante registrado por Moskito pode representar o primeiro registro conhecido de uma interação tão intrigante entre predador e presa (cujo comprimento foi estimado em cerca de 18 metros), na qual orcas e tubarões-baleia se encontram em um cenário mortal.
Gigante gentil do oceano
O trágico desenrolar da cena presenciada pela equipe no local não cessou com a morte do primeiro tubarão-baleia. Pelo contrário, a matança implacável prosseguiu com as orcas atacando um segundo animal pouco depois.
Esse destino cruel é especialmente doloroso de contemplar, uma vez que os tubarões-baleia são unanimemente conhecidos como os “gigantes gentis” dos oceanos. Apesar de sua impressionante estatura, eles são reverenciados pela natureza com que filtram seus alimentos, alimentando-se principalmente de pequenas presas, como plâncton, lulas e sardinhas.
Por que as orcas comem o fígado de suas presas?
A compreensão do valor nutricional dos fígados pode ter sido um conhecimento que se propagou socialmente entre as orcas, através da transmissão cultural entre esses mamíferos marinhos. De forma semelhante, essas criaturas notáveis evoluíram ao longo do tempo para aprimorar suas habilidades em atacar iates e danificar seus lemes, provavelmente em resposta a ataques prévios por parte de embarcações humanas.
Nesse contexto, a estratégia de mirar nos fígados ao buscar atender às suas demandas energéticas acumuladas faz todo o sentido, uma vez que esses órgãos flutuantes são ricos em óleos, conferindo-lhes alto valor nutricional.