No antigo cemitério chamado Mozs-Icsei dulo, perto de Szekszard, na região da Panônia da atual Hungria, foram encontrados crânios com formatos peculiares.
Segundo o site Ancient Origins, pesquisadores tinham a intenção de verificar, através do cemitério, a queda do império romano e de sua cultura.
O objetivo era constatar se a cultura romana se manteve após a queda do império, e o que eles encontraram no cemitério, contudo, foi bastante impressionante.
A queda do Império Romano
O Império Romano é considerado o maior império já visto no mundo ocidental. Ele durou cerca de 500 anos, e tinha territórios na Europa, Ásia e África.
Durante seu auge, os romanos escravizaram diversos tipos de civilizações, além de serem famosos pelo comércio de produtos exóticos.
Há diversos motivos que os levaram à decadência, como a dificuldade de administrar um território tão grande, seus elevados impostos e o que motivou o estudo em questão, as invasões bárbaras.
Sempre que um império decai, não somente seu governo é destituído, mas a sua cultura, muitas vezes, é extirpada.
O cemitério com Crânios alongados da Hungria
O cemitério foi feito no final do Império Romano, quando em pouco tempo seu território foi invadido por Bárbaros.
No cemitério foram encontradas três gerações de pessoas:
- População romanizada;
- Estrangeiros que chegaram após o domínio romano;
- População com nova cultura bárbara misturada com a romana.
Os estrangeiros do segundo grupo estabeleceram a deformação craniana, prática que durou até a terceira geração.
Deformação craniana artificial
A deformação craniana é uma prática extremamente antiga de diversos povos, que aparentemente não tem ligação clara. Desse modo, os crânios de crianças são achatados ao longo do tempo, utilizando-se táboas de maneira e pura força.
Essa prática ainda existe no arquipélago de Vanuatu, localizado no sul do oceano pacífico.
Resultado do estudo dos crânios ‘alienígenas’ da Hungria
Foram analisados 96 crânios, dentre eles, 51 eram alongados, que foram divididos em três grupos de três diferentes gerações.
Os cientistas supõem que o primeiro grupo seja o fundador do cemitério, pois suas sepulturas foram feitas no estilo romano.
O segundo grupo foi enterrado de forma muito diferente dos primeiros, como estrangeiros.
O terceiro grupo é uma mistura do primeiro e segundo grupo. Portanto, chegou-se à conclusão que de fato a cultura romana foi mesclada às outras depois de um período de tempo.
Isso mostra o quanto o império romano foi forte, já que sua cultura se manteve, mesmo após o governo decair.
O estudo foi publicado na PLOS ONE, clique aqui para acessá-lo.