Connect with us

História

Sem escavação, uma cidade romana milenar abandonada é encontrada

Os pesquisadores nem precisaram escavar para encontrar da cidade romana Falerii Novi, uma cidade bastante moderna para os padrões da época.

Published

on

Os pesquisadores nem precisaram escavar para encontrar uma antiga cidade romana de dois milênios. Hoje abandonada e soterrada pela natureza, Falerii Novi foi uma cidade bastante moderna para os padrões da época.

Fundada em meados dos anos 200 AEC, a cidade foi habitada somente até 700 DEC, e logo foi soterrada. O “desaparecimento” da cidade, a apenas 50 quilômetros de Roma, para ser mais preciso, ocorreu ainda durante a Idade Média.

Advertisement

Era uma cidade com uma infraestrutura bastante desenvolvida: os pesquisadores encontraram tubulações de água e esgoto, banheiros públicos e, entre as construções, um templo religioso e um mercado. Ademais, eles notaram duas construções peculiares, que pela complexidade de ambas, deve se tratar de um monumento público.

A cidade era, aparentemente, mais moderna do que cidades-padrão do Império Romano, como Pompéia, embora não fosse muito grande – 30,5 hectares, ou 305 mil metros quadrados.

Advertisement

Em um trecho do artigo que descreve a descoberta, os pesquisadores relataram que, “embora esses edifícios estejam dentro do esperado repertório de uma cidade romana, alguns são arquitetonicamente sofisticados – mais elaborados do que seriam geralmente esperados em uma cidade pequena”.

(Créditos da imagem: Verdonck et al., Antiquity, 2020)

O trabalho foi realizado através de uma colaboração de pesquisadores da universidade de Cambridge, na cidade de mesmo nome, no Reino Unido, e da universidade Belga de Ghent.

Como foi feita a descoberta da cidade romana?

Não foi necessária uma longa, cara e trabalhosa escavação para encontrar a cidade perdida. Para encontrá-la, eles utilizaram uma tecnologia nova e bastante inovadora: um radar que penetra no solo. A precisão foi tanta que os pesquisadores puderam perceber que, conforme os dados indicam, provavelmente pessoas saquearam a cidade, roubando pedras das construções.

Advertisement

A tecnologia em si não é algo novo, entretanto; é bem antiga, na verdade. A inovação está em sua aplicação. Ela já era utilizada na engenharia e na área militar.

O radar de penetração no solo (GPR) funciona da seguinte forma: um equipamento, geralmente muito parecido com um cortador de grama, é movimentado sobre a região. Ele algum tipo de onda eletromagnética, como o rádio, e capta a energia refletida pelos objetos subterrâneos. A partir desses dados, portanto, é possível construir, digitalmente, uma “planta” extremamente detalhada da cidade.

Advertisement

É um princípio bastante parecido com sonares e outros tipos de radares. Ultimamente, com o aumento na precisão, mais detalhes do que uma “simples mancha” podem ser encontrados, e esse equipamento encontra uma área promissora na arqueologia e paleontologia.

Mais descobertas ainda podem ser feitas. Foram 4,5 GB de dados encontrados. Pode parecer pouco. No entanto, considerando que são simplesmente pontos de diferentes frequências e amplitudes, a quantidade é grande para ser processada e filtrada.

Advertisement

O estudo foi publicado no periódico de acesso aberto Antiquity, da Universidade de Cambridge. Informações de Science Alert.

Advertisement
Advertisement

Copyright © 2025 SoCientífica e a terceiros, quando indicado.