Arqueólogos descobriram uma antiga “cerveja” em um caldeirão de 2.500 anos em um local de sepultamento da Idade do Ferro, uma descoberta incomum entre restos mortais, ferramentas e artefatos de ouro.
A pesquisadora principal, Bettina Arnold da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, e sua equipe encontraram um caldeirão de bronze, que continha quase 14 litros de uma bebida alcoólica desconhecida enterrada com o ocupante do túmulo.
O caldeirão e seu conteúdo teriam ajudado o homem desconhecido a estabelecer-se como uma pessoa importante na vida após a morte.
Após a descoberta, a equipe recorreu aos serviços do Dr. Manfred Rösch, um paleobotânico, para analisar o conteúdo do caldeirão e criar uma receita para recriar a antiga bebida.
A equipe descobriu que o conteúdo do caldeirão era uma bebida alcoólica à base de mel contendo doce de prado e menta, duas espécies de plantas adicionadas como aromatizantes. Foi determinado como sendo um tipo de hidromel chamado braggot, que tem origens antigas.
Os produtores locais de cerveja Milwaukee, a Cervejaria Lakefront, ajudaram a equipe a criar a cerveja. Após sete horas para fazer a receita e duas semanas para fermentá-la, eles provaram o produto final.
A cerveja da Idade do Ferro era suave e agradável, com um toque de menta e ervas e embalada com um teor alcoólico. Não é provável se torne popular entre os consumidores de hoje, mas a capacidade da equipe de recriar a antiga receita proporciona uma visão dos aspectos há muito enterrados da cultura da Idade do Ferro.
A descoberta indica que era essencial enviar indivíduos para a vida após a morte não apenas com espadas e lanças, mas também com a bebida propriamente dita para se fazer uma festa na “chegada”.