Em 1927, os topógrafos Morrison Parsons Bridgland e Arthur Oliver Wheeler caminharam em Owen Creek, no que hoje é o Parque Nacional de Banff, para tirar uma série de fotos das montanhas ao longo do rio North Saskatchewan. Eles queriam apenas fazer os primeiros mapas topográficos precisos da região, mas podem ajudar a mapear os resultados das mudanças climáticas.
Impacto das mudanças climáticas
Estas imagens antigas estão permitindo que os cientistas percebam um século de mudanças climáticas nessa paisagem. Por isso, a descoberta: as florestas das Montanhas Rochosas canadenses estão em movimento.
Os resultados mais recentes, publicados na revista Scientific Reports, demonstram que as linhas das árvores estão mais altas e mais grossas do que na virada do século XX.
Essas mudanças estão ajudando os cientistas a entender como os ecossistemas mudarão em um mundo em aquecimento. Os cientistas redescobriram as imagens. São mais de 140.000 negativos de alta resolução que foram tirados no final de 1800 e início de 1900, mapeando com precisão as Montanhas Rochosas canadenses.
Um século depois, essas fotos oferecem uma cápsula do tempo única para ajudar a compreensão das mudanças climáticas e ecológicas.
Andrew Trant é o autor principal do novo paper e ecologista da Universidade de Waterloo e relatou que ter essa cobertura sistemática é uma mina de ouro para a ciência e para a ecologia.
Consequência das mudanças climáticas
89 anos depois, os cientistas retornaram ao mesmo cume de helicóptero e com uma câmera digital moderna de alta resolução. Nas pegadas dos topógrafos, eles cuidadosamente alinharam e tiraram novas fotos reproduzindo de modo preciso os originais.
Portanto, usando a técnica conhecida como fotografia repetida, eles replicaram 8.000 dessas imagens.
As comparações com um século atrás mostram uma paisagem em evolução. Notavelmente, há um deslocamento ascendente constante na linha das árvores e densidade da floresta.
As linhas das árvores são o limite superior em elevação ou altitude além da qual as árvores não podem crescer, devido às condições meteorológicas. Elas servem como limites visuais do clima e são ouro para medir a vulnerabilidade das mudanças climáticas.
Então, as árvores que mudam sua forma de arbusto para árvore e o aumento da densidade das árvores evidencia o impacto e as consequências da mudança climática nas Montanhas Rochosas canadenses.
Além de árvores mais altas, as florestas tinham menos árvores raquíticas e varridas pelo vento.
Em conclusão, os resultados são que essas mudanças redistribuirão drasticamente as florestas no mundo.
Os estudos anteriores também preveem que as mudanças climáticas irão induzir secas com redução do desbaste da floresta nos trópicos, além de ondas de calor nos pólos que aumentarão a zona de florestas subalpinas.
Outros estudos de campo encontraram respostas fragmentadas pelo mundo, com metade dos locais pesquisados mostrando avanços na linha de árvores.
Informações do site Smithsonian Magazine.