Cientistas chineses afirmam ter construído arma de raio inspirada na Estrela da Morte de Star Wars

Cientistas chineses dizem que tornaram realidade a arma de feixe de energia convergente

Damares Alves
Imagem: Variety

Cientistas chineses afirmam ter desenvolvido uma arma de energia dirigida avançada, semelhante à Estrela da Morte em Star Wars. Esta tecnologia é capaz de concentrar vários feixes de micro-ondas em um único alvo.

O sistema de armamento é composto por diversos veículos emissores de micro-ondas, distribuídos em locais estratégicos. Cada veículo é capaz de disparar micro-ondas de forma sincronizada e com alta precisão. Esses feixes se combinam para formar um intenso fluxo de energia, destinado a atingir um alvo específico.

No entanto, essa tarefa é mais complexa do que aparenta. As micro-ondas são feixes finos de energia que devem ser alinhados com exatidão para se unirem. Isso implica que os intervalos entre os disparos precisam ser controlados com uma precisão de milionésimos de segundo.

Segundo a equipe de pesquisa, cada veículo emissor deve ser posicionado com uma exatidão de até um milímetro. Embora o sistema de navegação por satélite BeiDou da China ofereça uma precisão de posicionamento de até 1 centímetro, isso ainda não satisfaz as exigências do novo sistema de armamento.

Para enfrentar esse desafio, foram instalados dispositivos de posicionamento a laser em cada veículo emissor, possibilitando um ajuste com precisão milimétrica. Além disso, é crucial que os veículos estejam perfeitamente nivelados, pois qualquer irregularidade na superfície pode comprometer o alinhamento dos emissores de micro-ondas. A sincronização dos disparos precisa ser realizada com uma precisão de 170 picosegundos (ou 170 trilionésimos de segundo). Para ilustrar, um computador comum leva cerca de 330 picosegundos para completar um único ciclo de processamento.

Para garantir essa sincronização, os pesquisadores interligaram as plataformas de transmissão por meio de fibras ópticas. Cada veículo do sistema de armamento é gerenciado diretamente por um centro de comando móvel.

Conforme relatado pelo South China Morning Post, um dos cientistas envolvidos no projeto mencionou que a interação dos feixes convergentes de micro-ondas resulta em um efeito de “1+1>2”, embora essa afirmação contradiga a lei da conservação de energia. No entanto, a combinação de micro-ondas em um único feixe potente é mais eficaz do que várias fontes menores. As micro-ondas têm limitações de alcance, pois a poeira e a umidade podem dispersar as ondas. Embora aumentar a potência possa ser uma solução, isso traz desafios logísticos, uma vez que as baterias atuais não possuem capacidade suficiente para armazenar a energia necessária.

É possível que a equipe de pesquisa chinesa tenha conseguido desenvolver um sistema de armas de micro-ondas convergente em condições controladas. Contudo, o ambiente real é muito mais imprevisível, o que representa grandes obstáculos para qualquer tecnologia que exija um nível tão elevado de precisão.

Compartilhar