Pela primeira vez na história, um grande estudo demonstrou que a antimatéria responde à gravidade da mesma forma que a matéria. Por conta disso, pesquisadores agora alegam que a antigravidade não existe.
A antimatéria é composta por partículas elementares cujas propriedades são diametralmente opostas às das matérias. Trata-se de algo extremamente raro no Universo: elas teriam sido criadas durante o Big Bang, mas grande parte foi destruída devido a colisões com matéria.
Pequenas quantidades de antimatéria são produzidas em laboratório: por meio da utilização de aceleradores de partículas, é possível bombardear átomos de chumbo com prótons de alta energia para essa finalidade.
Einstein e a Teoria da Relatividade
De acordo com o consagrado estudo do físico alemão, todas as formas de massa, independentemente de sua estrutura interna, reagem à gravidade de maneira similar.
Jonathan Wurtele, professor de física da Universidade da Califórnia, em Berkeley, comentou sobre os resultados obtidos por sua equipe:
Se você andar pelos corredores deste departamento e perguntar aos físicos, todos eles dirão que este resultado não é nem um pouco surpreendente. Essa é a realidade. Mas a maioria deles também dirá que o experimento precisava ser feito porque você nunca pode ter certeza.
Trata-se de uma descoberta de grande peso para a comunidade científica, uma vez que alguns estudiosos defendiam que a antimatéria era repelida pela gravidade.
Por que a antimatéria é tão rara no Universo?
Apesar de a conclusão do estudo de Wurtele ser impactante, ainda existe uma lacuna a ser preenchida: uma vez que matéria e antimatéria se comportam de maneira parecida, onde está o restante da antimatéria do Universo?
Cientistas acreditam que, durante o Big Bang, o universo era repleto de antimatéria: suas partículas têm a mesma massa, ainda que possuam carga elétrica oposta à da matéria. O contato direto entre matéria e antimatéria cria uma explosão luminosa fortíssima: uma forte descarga de energia.
Por algum motivo ainda desconhecido, a matéria prevaleceu no Universo e a sua contraparte se tornou incrivelmente escassa. Os físicos não sabem onde podem encontrar uma fonte mais abundante do recurso. O professor de física Joel Fajans disse em entrevista ao portal Space que as descobertas recentes não trazem respostas sobre a escassez dessas partículas no universo. As chances de que a pesquisa dê um norte sobre onde iniciar as buscas são baixas; porém, conduzir os estudos nesse sentido é algo “desejável”.