As plantas se defendem. Você está muito enganado se pensa que nada fazem elas frente à possibilidade de virar comida. As plantas também são influenciadas pela seleção natural e as espécies que estão presentes no mundo atual foram selecionadas pelo competitivo mundo natural. Conforme o tempo passou, as plantas desenvolveram inúmeras maneiras de se defender.
6. Milho
Algumas plantas, como o caso do milho, terpeno sintase quando são machucadas ou em uma situação de stress – por exemplo quando lagartas estão comendo a planta. Essa enzima possui a função de atrair algumas vespas propositalmente. As vespas, então, destroem as pragas, ajudando as plantas.
“O ácido jasmônico (JA), seus precursores e compostos relacionados, atuam como estímulo principal na resposta da planta à herbivoria, ativando os genes que respondem local e sistematicamente ao stress. Estes genes envolvidos na síntese de compostos de defesa incluem as terpeno sintases para a produção de voláteis que atraem os inimigos naturais”, conforme diz uma equipe de pesquisadores em um artigo de alguns anos atrás no periódico Química Nova.
5. Brócolis
O brócolis parece um vegetal extremamente inofensivo, e pode até ser, mas para nós, seres humanos.
Não só o brócolis, como o repolho, a couve e a couve flor possuem um composto chamado sulforafano. O brócolis utiliza o composto como uma proteção natural contra pragas.
No entanto, para os seres humanos, o sulforafano não faz mal. Na verdade, ele é bom para nossa alimentação e traz inúmeros benefícios, como redução de inflamações, proteção das células, além de ser um ótimo antioxidante.
4. Pimenta
As pimentas são picantes. Em uma ordem crescente de picância, as diferentes espécies de pimentas causam um sensação de queimação, ardência e até formigamento em nossa boca. Algumas pessoas não gostam de pimenta, mas outras gostam muito – e essa característica da pimenta que o ser humano utiliza para obter prazer, nada mais é do que um mecanismo de defesa da planta.
Os capsaicinoides são os componentes químicos que dão à pimenta a famosa ardência. O mecanismo ajuda a suprimir o avançoi e o ataque de um fungo microscópico que avança por perfurações na casca feitas por insetos.
3. Café
Outra substância cuja função original foi alienada pelos seres humanos é a cafeína. A utilizamos quase como um droga, mas a cafeína é um pesticida natural. O cafeeiro utiliza a cafeína como proteção contra pragas e até mesmo contra outras plantas concorrentes.
Com propriedades antibióticas e antifúngicas, a cafeína pode esterilizar vários insetos – não só através de seus frutos e folhas, mas até mesmo no seu entorno no solo, através do material caído da planta. Isso ajuda a impedir ataques do chão e proliferação muito próxima de plantas concorrentes.
2. Batata
A solanina é uma toxina natural encontrada em diversos vegetais – incluindo a batata. Ou seja, se você consumir batata em uma quantidade muito grande, ela pode ser letal.
Além disso, tricomas na planta da batata impedem que alguns animais consumam suas folhas. O consumo das folhas pode fazer, ainda, que a planta aumente a produção de substâncias defensivas.
Além disso, a planta da batata é capaz de produzir algumas proteínas que impedem o crescimento do fungo Verticillium dahliae que causa uma condição conhecida por morte precoce.
1. Mandioca
Esse é, provavelmente, o item mais famoso da lista. A mandioca possui quantidades consideráveis de cianeto – ou, para ser mais exato, glicosídeos cianogênicos. As substâncias estão presentes nas folhas, nas raízes e nas cascas da mandioca.
A mandioca de mesa, que é a mandioca que consumimos normalmente, possui sim esses glicosídeos cianogênicos, mas em uma concentração consideravelmente baixa. A mandioca mais perigosa é a conhecida como mandioca brava. Visualmente, é basicamente impossível diferencias as duas mandiocas, então se você não souber o que está escolhendo, pode morrer.
A mandioca brava possui grandes quantidades de ácido cianídrico. Então, ao comê-la preparada de forma errada, um ser humano pode facilmente ir a óbito. Assim, ela é muito utilizada industrialmente – na fabricação de farinhas, tapioca e outros produtos feios à partir da mandioca.