Novas imagens capturadas por sondas robóticas no interior da usina nuclear de Fukushima têm causado preocupação, uma vez que mostram danos nas estruturas de suporte vitais.
A descoberta não representa risco imediato, mas pode se tornar um grande problema caso a região seja atingida por outro terremoto.
A Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO) utiliza sondas controladas remotamente para explorar o local e monitorar a operação de limpeza extremamente custosa em andamento.
Em uma atualização divulgada recentemente, um dos robôs capturou imagens do pedestal da Unidade 1, estrutura de suporte sob um dos núcleos do reator que sofreu colapso durante o desastre nuclear de 2011.
As imagens mostram que a parede de concreto de 120 centímetros de espessura do pedestal apresenta danos significativos em sua base, expondo o reforço de aço no interior.
A preocupação reside no fato de que três dos reatores contêm um total estimado de 880 toneladas de detritos de combustível derretido altamente radioativo, cuja remoção ainda é um desafio.
Diante das informações, o governador da província de Fukushima, Masao Uchibori, solicitou à TEPCO que avalie imediatamente se a estrutura poderia suportar outro terremoto, semelhante ao que causou a catástrofe.
O desastre ocorreu em 2011, após um terremoto de magnitude 9,0 seguido por um tsunami devastador, sendo considerado o pior desastre nuclear desde Chernobyl em 1986.
Além dos detritos radioativos, a usina enfrenta o problema de cerca de 1,3 milhão de toneladas de águas residuais armazenadas em mais de 1.000 tanques no local.
Após um longo debate, a TEPCO decidiu avançar com os planos de despejar essa água tratada no Oceano Pacífico, gerando indignação nas comunidades pesqueiras locais e nos países vizinhos.