Muitos questionamentos se estendem ao longo da humanidade e um deles foi solucionado por um assassino encarcerado. Trata-se de um antigo problema matemático, resolvido pela última vez há dois mil anos sob as mãos (e mente) do grego Euclides. Christopher Havens, de 40 anos, passou os últimos nove atrás das grades, e sempre indo da cela à biblioteca do presídio, foi capaz solucionar a questão.
Ele formou um ‘culto dos números’ dentro da prisão, para compartilhar suas descobertas matemáticas com outros detentos. De acordo com relatório da DW, o assassino encarcerado começou a ‘sair dos trilhos’ após terminar o colégio, se envolvendo com drogas e morando na rua. Todavia, a situação se complicou ainda mais após sofrer uma sentença de 25 anos por homicídio.
No presídio, Havens aprendeu sozinho os fundamentos da matemática superior, e até mesmo fez acordo com os guardas, para que tivesse acesso aos livros avançados. Christopher escreveu uma carta para um editor de matemática, solicitando edições do ‘Annal os Mathematics’. No papel, afirma que os números foram a válvula de escape que encontrou para lidar com o encarceramento.
Assassino encarcerado usa seu ‘talento na matemática’ para saldar dívida com a sociedade
Umberto Cerruti, de Torino, renomado professor de matemática, especialista na ‘teoria elementar dos números, sequências inteiras, sequências de polinômios e vida artificial”, teve acesso ao documento escrito pelo assassino encarcerado. Marta Cerruti, professora associada de engenharia de materiais na Universidade McGill em Montreal, Canadá, contou detalhadamente a história de Havens, em artigo publicado na The Conversation.
Cristopher logo respondeu ao professor Cerruti em Torino com um “pedaço de papel de 120 centímetros (47 polegadas de comprimento) com uma fórmula incrivelmente longa escrita nele”. A princípio, Cerruti não estava familiarizado com a escala de números do prisioneiro. No entanto, um programa de modelagem matemática avançada verificou a matemática de Havens e determinou que ele havia resolvido as tarefas corretamente. Era hora de aumentar as apostas.
Sendo assim, enviou para o assassino encarcerado o antigo problema matemático, que nem mesmo os computadores mais modernos conseguem solucionar. Sobretudo, para grande surpresa de todos, o detento resolveu a teoria dos números e o problema das ‘frações contínuas’.
Marta Cerruti afirma que Havens está usando a matemática para ajudar a “saldar sua dívida com a sociedade”. É claro que este assassino, que atirou em outro viciado durante uma confusão e emocionalmente carregado, agora trocou sua arma por uma caneta. Com orientação correta e caminhos de vida seguindo outros trilhos, talvez o assassino encarcerado hoje não estaria em uma situação tão ruim. Entretanto, ele precisou chegar ao fundo do poço para explorar seus verdadeiros dons.