Há 4,5 bilhões de anos, uma grande nuvem de poeira deu origem ao Sol, aos planetas, às luas, aos cometas, aos asteroides e tudo mais que existe pelo sistema solar. Tudo nasceu junto – e definhará junto também. Mas não se preocupe, você não corre risco – até lá a raça humana já se extinguiu por outros motivos. E não é algo mórbido. Essa morte dará origem a um novo mundo daqui a bastante tempo. Quando o Sol se tornar uma anã branca, novos planetas surgirão por perto e poderão abrigar vida, durante os bilhões de anos de estabilidade que se seguirão.
Quando dizemos que estamos colocando a Terra em risco, na verdade nos referimos ao que torna a Terra especial – as condições para a vida e a vida abundante. Enquanto o universo não destruir a Terra com sua força brutal, o planeta continuará inteiro, mesmo que se torne um inferno como Vênus. Então, o destino da Terra não envolve o desmatamento e as mudanças climáticas. Na verdade, esse é o destino do ser humano e da vida no geral.
Influência do Sol no destino da Terra
O Sol é uma estrela do tipo G. Para essas estrelas há uma morte bem específica. O Sol funde principalmente o hidrogênio e o hélio. Conforme ele funde os materiais, eles se tornam mais pesados – a fusão do hidrogênio origina o hélio. A fusão do hélio origina o berílio, e assim por diante.
No entanto, o Sol não é muito grande e não possui muita força para fundir além do hidrogênio. Quando o hidrogênio acabar, em 5 bilhões de anos, a nossa estrela passará a inchar, tornando-se uma gigante vermelha. Inicialmente, a Terra se tornará um inferno e perderá seus oceanos (se ainda houver algum) e a atmosfera.
O Sol continuará a crescer. Em um determinado momento, ao longo de vários milhões de anos, ele engolirá as órbitas de Mercúrio e Vênus. Nesse momento, rochas e metais da superfície da Terra começarão a ser vaporizados com a imensa bola quente quase encostada no planeta.
A Terra
Se a Terra ainda for habitada nesse momento, desde as fases iniciais do Sol como gigante vermelha, nosso planeta se tornará inabitável. A vida morrerá rapidamente. Se houver vida inteligente, eles podem fugir para as luas de Júpiter e Saturno, que serão habitáveis no momento que o Sol quase engolir a Terra.
Mas logo, após cerca de 1 bilhão de anos, o hélio acabará, e a gigante vermelha também morrerá. O Sol iniciará uma série de contrações e expansões que mandarão matéria para longe, formando uma nebulosa planetária. Mas o núcleo do Sol ainda brilhará por muitos bilhões de anos como uma anã branca, que brilha apenas com a energia residual, sem a fusão nuclear.
Nesse momento, a matéria lançada pelas contrações pode formar planetas próximos da anã branca que podem originar vida. Como essa estrela brilha pouco, a Terra será fria demais para a habitabilidade. Se ela não for engolida pela gigante vermelha, então o destino da Terra será o esquecimento.