O extenso buraco de ozônio presente na Antártica atingiu seu maior tamanho, 24,8 milhões de quilômetros quadrados. Segundo a NOAA e a NASA o tempo frio e fortes ventos sustentaram a formação desse buraco que deve persistir até novembro.
O buraco em 2020
O extenso buraco de ozônio na Antártica chegou a atingir a área equivalente a três vezes o tamanho dos Estados Unidos. Assim, as pesquisas demonstraram que foi expelido quase todo o ozônio presente na altura da estratosfera sobre o pólo sul. Este ano será registrado como o que atingiu o 12º maior buraco de ozônio por área em 40 anos.
Por outro lado, 2020 foi conceituado pelos cientistas como o ano com a menor quantidade de ozônio em 33 anos. Segundo Paul A. Newman, cientista de Ciências da Terra no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt: desde o ano 2000 a quantidade de cloro e bromo diminuíram cerca de 16% na estratosfera antártica. Dessa forma, a diminuição dos níveis dessas substâncias, controlados pelo Protocolo de Montreal, auxiliaram que os resultados desse ano não fossem ainda piores se continuassem com a mesma quantidade de emissões nas mesmas condições climáticas. Paul declarou que “temos um longo caminho a percorrer, mas essa melhoria fez uma grande diferença este ano. O buraco teria sido cerca de um milhão de milhas quadradas maior se ainda houvesse tanto cloro na estratosfera quanto havia em 2000”.
Você sabe o que é o buraco de ozônio e qual sua importância?
O ozônio nada mais é que uma molécula composta por três átomos de oxigênio que reage facilmente com outras substâncias químicas. Então quando o ozônio está próximo da superfície da terra ele pode pode ser maligno para a saúde humana. Neste caso ele se forma por reações entre os raios de sol e partículas de poluição. No entanto, acima da superfície da terra, na estratosfera o ozônio forma uma camada, a qual protege o planeta das radiações ultravioletas. Se não houver a camada de ozônio os raios solares incidem diretamente na terra aumentando a temperatura e podendo causar alguns donos para o ser humano e o ambiente, como catarata, câncer de pele, supressão do sistema imunológico e danos ao plâncton e as plantas.
Substâncias utilizadas pelo ser humano que contem formas ativas de cloro e bromo se decompõem em partículas de nuvens formadas pelas camadas frias da estratosfera, causando reações químicas que quebram as ligações do ozônio e destroem suas moléculas. Em locais com temperaturas maiores não há muitas nuvens estratosféricas polares, por isso a destruição da camada de ozônio é menor. Dessa forma o buraco da camada de ozônio se forma mais intensamente na região da Antártica. No final do inverno até a primavera do hemisfério sul os raios solares retornam e começa a ocorrer as reações químicas que causam a quebra das moléculas de ozônio.
A medição do ozônio
A NASA e NOAA que fazem as verificações e medições da quantidade de ozônio e o crescimento do buraco no planeta. As agências utilizam três métodos para fazer o monitoramento anual: Satélite Aura da NASA; satélite NASA-NOAA e satélite polar NOAA-20. Além disso a NOAA verifica a espessura da camada e a destruição de ozônio de dentro do buraco através balões meteorológicos com sondas de medição.
Neste ano as medições de ozônio acusaram valores diários baixos sobre a Antártica. Dia 1º de outubro a NOAA registrou o valor de 104 unidades Dobson e a NASA de 94 unidades Dobson em 6 de outubro.
No final de outubro os valores de ozônio atingiram níveis incríveis. De acordo com Bryan Johnson, cientista do Laboratório de Monitoramento Global da NOAA, é o mais perto de zero que dá para se medir. O mais importante é que a quantidade de ozônio em setembro diminuiu comparando com o ano 2000, pois temos menos cloro na atmosfera. Os analistas observam a estratosfera onde há maior diminuição (entre 12 e 20 quilômetros de altitude).