Uma equipe de arqueológicos e antropológicos descobriu uma necrópole romana e etrusca, incluindo um túmulo raro, etrusco do século IV AEC, em Aléria, na França.
Totalmente esculpido em rocha, quando o túmulo raro foi escavado, os pesquisadores se depararam com um arsenal de vasos cerâmicos parecidos com peças etruscas da Toscana, e em um hipogeu localizado no centro da tumba, foi descoberto que móveis cerimoniais caíram sobre os restos mortais da mulher que foi colocada para descansar de costas. Com os braços estendidos ao longo do corpo e a cabeça ligeiramente inclinada para a esquerda, seus restos mortais continham um par de brincos de ouro e dois anéis de cobre e liga de ouro.
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O túmulo raro trazia um tesou em objetos
Não existem muitos registros conhecidos da cultura etrusca, o que se sabe é que eles tiveram origem na Toscana durante a Idade do Bronze por volta de 900 AEC e que após um declínio gradual, as últimas cidades etruscas foram absorvidas por Roma por volta de 100 AEC. Mas agora, de acordo com um artigo no Archaeology.org, o túmulo ajudará os pesquisadores entender melhor o declínio desta civilização.
Entre os bens mais espetaculares encontrados no túmulo estavam dois vasos de perfume, conhecidos formalmente como alabastrões, que foram encontrados deitados sobre os pés da mulher enterrada. Uma coleção de pequenas taças envernizadas de preto, dois espelhos de bronze e uma dúzia de copos de diferentes formas e tamanhos. Além de uma Bíblia muito bem preservada.
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Os primeiros resultados das análises dos artefatos revelaram alguns resultados imprevisíveis que surpreenderam os pesquisadores. Eles descobriram um alabastro contendo uma haste metálica que se pensa ter sido um perfume. Além de um grande copo de vinho que continha um copo menor. As xícaras encontradas perto dos pés da mulher continham cada uma, um pequeno anel de bronze, e haviam sido despostas dentro de um recipiente de tecido ou cestaria que apodreceu há muitos séculos.
O túmulo de uma deusa?
Segundo um relatório da Reuters, a descoberta desta tumba vai ilustrar como as populações antigas da Córsega floresceram e também vai contar aos arqueólogos sobre o lento declínio da civilização etrusca e como exatamente o seu declínio se desenrolou.
A antropóloga Catherine Rigeade disse à Reuters que, a antiga tumba parece ter pertencido a uma mulher de alto nível, já que estava rodeada por cerca de 15 vasos de cerâmica, incluindo o que parecem ser dois raros espelhos de bronze.
A próxima fase desta pesquisa se concentrará nestes dois excepcionais, mas muito danificados, espelhos de bronze, juntamente com um fino cabo ósseo que os pesquisadores acreditam que podem estar relacionados a algum tipo de banho ritualista, ou ambiente sagrado relacionado a uma deusa, perdida nos incêndios do império romano em expansão.