A uma profundidade de mais de 3.800 metros, o famoso navio Titanic se encontra intocado, na escuridão do oceano, com a evidência de uma história que quase todo mundo já ouviu falar.
Devido à profundidade que ele se encontra, explorá-lo para trazer os artefatos que ficaram nele depois de seu naufrágio é um tanto quanto difícil. A empresa responsável por isso carrega o mesmo nome, R.M.S. Titanic, Inc. (ou RMST) e têm direitos exclusivos para a execução dessa tarefa. Isso é o que parecia.
Segundo o Telegraph, o grupo RMST alega que uma expedição, no ano passado, colidiu com o navio naufragado e que a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) sabia do incidente mas reteve a informação.
A EYOS Expeditions, responsável pelo incidente, teve como objetivo avaliar o estado atual do naufrágio e capturar imagens para um documentário. A última vez que humanos visitaram o navio pessoalmente foi em 2005.
O jornal Telegraph teve acesso aos relatórios que indicam que a RMST não havia sido notificada do ocorrido. A EYOS só teve a expedição aprovada porque foi sob a condição de que “danos ao naufrágio, ao local do naufrágio ou a qualquer artefato associado” não seriam realizados. Algo que não se concretizou.
Apesar de tudo, o líder da expedição disse ao jornal que a colisão não foi proposital e foi devido a correntes marítimas que acabaram levando o submarino na direção do Titanic. Mesmo sabendo das consequências, o grupo notificou a NOAA do ocorrido.
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A RMST – a empresa de resgate com direitos exclusivos sobre os artefatos do Titanic – disse que deveria ter sido informada anteriormente, de acordo com um processo judicial em 27 de janeiro.
“O fato de a EYOS e a NOAA não terem informado a RMST e o tribunal por quase cinco meses levanta uma série de questões preocupantes, que respeitosamente devem ser investigadas pela RMST, de acordo com as obrigações e responsabilidades da empresa como salvador de posse”, disse a RMST em declaração.
Para complicar ainda mais o processo, um representante da RMST estava na expedição da EYOS, mas também não relatou o incidente ao retornar, disse a RMST.
“A NOAA leva seu papel de proteger os destroços do Titanic de perturbações muito a sério e tem a responsabilidade, por lei e sob a direção do Tribunal Distrital dos EUA do Distrito de Leste Virgínia, de garantir que o interesse público no Titanic seja mantida”, disse a NOAA.
Desde então, a RMST exigiu que o EYOS entregasse imagens dos mergulhos e pediu ao tribunal que obrigasse testemunhos sobre “a causa e o efeito das colisões”.
“Depois que este vídeo for produzido, a RMST analisará e arquivará no tribunal os segmentos apropriados que mostram a colisão do EYOS com o Titanic, para que não haja incerteza sobre a condição do local de naufrágio após a expedição do EYOS”, afirma a resposta.
FONTES / Smithsonian / The Telegraph / The Charlotte Observer
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