Criaturas encontradas vivendo nas águas abaixo da geleira do Permafrost

Damares Alves

Pesquisadores da Universidade de Washington encontraram inúmeras criaturas abaixo do gelo em Permafrost, no Alasca. Trata-se de uma rica comunidade de micróbios banhando-se na antiga água salgada do mar.

O ambiente de Permafrost está sempre a nos surpreender, já que lá também foram feitas inúmeras outras descobertas como os nematoides de 40 mil anos, um mamute e uma cabeça de lobo perfeitamente preservada.

De acordo com a equipe, essa tumba subterrânea de fluido é conhecida como cryopeg, e provavelmente esteve aqui desde a última era glacial.

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Cryopegs são camadas de sedimentos aprisionadas com água tão salgada que permanece líquida mesmo em temperaturas abaixo de zero, o que pode ser semelhante a ambientes em Marte ou outros corpos planetários mais distantes do sol.

Os Cryopegs constituem o único habitat na Terra que é caracterizado por temperaturas permanentemente abaixo de zero, alta salinidade e isolamento da influência de fatores externos durante o tempo geológico. Cryopegs são habitats para microorganismos, como as bactérias.

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(Shelly Carpenter / Universidade de Washington)

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As bactérias marinhas – e os vírus que elas carregam – estiveram presos abaixo do gelo por pelo menos 50.000 anos. Elas foram capazes de sobreviver em um ambiente isolado tão salgado e frio, que poderiam nos dizer como a vida poderia persistir em outros lugares extremos, como talvez Marte ou Lua gelada de Saturno, Titã.

A equipe de pesquisadores teve muita dificuldade tanto em descer até lá quanto em coletar as amostras, visto que precisavam tomar todos os cuidados para não levar bactérias do exterior para o local, também precisaram ficar agachados por horas já que o túnel  é estreito e coberto de cristais de gelo pontiagudos.

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(Shelly Carpenter / Universidade de Washington)

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Embora os resultados dessas escavações ainda não tenham sido publicados formalmente, a pesquisa foi apresentada na reunião da AbSciCon em junho em Bellevue, Washington.

Fontes / Universidade de Washington / ScienceAlert Polarpedia

Uma versão desta matéria foi publicada em 21 de julho deste ano.

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