A energia solar e eólica no Brasil são dois meios com boas perspectivas de crescimento e expansão para as próximas décadas. Há espaços bastante promissores para a instalação de parques eólicos e fotovoltaicos em território nacional.
Hoje, a energia, juntas, a energia solar e eólica no Brasil correspondem a 31,4% das fontes de energia utilizadas no Brasil. Sozinhas, a energia fotovoltaica é responsável por 12% da produção de energia e a eólica, 11,4%. Então, ambas possuem um peso muito próximo.
82,6% da energia solar e eólica no Brasil está no nordeste
Na produção de energia solar e eólica no Brasil, há um grande protagonismo da região nordeste. A região possui os melhores ventos do país para a produção de energia eólica, já que eles são fortes, constantes e unidirecionais, o que permite que a posição dos geradores não precisem ser alteradas. Além disso, há boas áreas abertas para permitir a produção de energia solar por meio de placas fotovoltaicas.
Segundo a Neo Energia, a cada 10 parques eólicos erguidos no Brasil, 8 estão localizados na região Nordeste.
82,6% da energia solar e eólica no Brasil está no nordeste.
O Ministério de Minas e Energia espera que a instalação de 30 GW de capacidade de geração de energia renovável e cerca de 120 bilhões de reais em investimentos ocorram após três leilões e transmissão de energia. Os leilões estão previstos ainda para o ano de 2023 e para o ano de 2024.
No dia 30 de junho, conforme o Valor Econômico, deve ocorrer o primeiro desses leilões. Será leiloada uma extensão de 6,1 mil km de linhas de transmissão de energia focadas ao escoamento de energia renovável para os centros consumidores localizados na região sudeste.
“Há um descompasso entre o planejamento da expansão da transmissão e o crescimento da oferta de geração renovável. Os leilões de 2023 e 2024 vão apenas acomodar a expansão existente até 2030. Vamos precisar de mais infraestrutura para possibilitar novos projetos”, disse ao Valor Econômico Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos. A empresa possui 1,2 GW em operação e 500 GW em construção. “A pretensão é superar 6 GW de capacidade instalada renovável até 2027”, explica.
EM 8 de julho de 2022, houve um novo recorde de produção instantânea de energia elétrica de fonte eólica, segundo registos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Naquele dia, as turbinas eólicas nordestinas produziram 14.167 MW de energia elétrica, o que equivale a mais de 123% da demanda elétrica da região. O superávit demonstra um pouco da potência do nordeste na geração de energia limpa.
O mês de julho é conhecido como a safra dos ventos no Nordeste, conforme a Agência Brasil.
“O Nordeste conta com condições de geração solar e eólica que estão entre as melhores do mundo, mas há restrições na capacidade de escoamento da produção que precisam ser solucionados”, disse ao Valor Econômico Bruno Riga, diretor responsável pela Enel Green Power Brasil.
“Também estamos desenvolvendo projetos solares que somam 272 MW de capacidade que serão instalados de forma híbrida junto aos parques eólicos na Bahia e no Rio Grande do Norte”, diz Bernardo Machado Sacic, diretor de desenvolvimento de novos negócios da AES Brasil. A empresa segue em fase de conclusão de dois projetos de energia eólica no Nordeste. Os parques serão, quase exclusivamente, operados por mulheres. “Estudamos uma unidade de eletrólise de 2 GW no Complexo de Pecém”, explica.
A energia limpa é limpa?
84% da matriz energética do Brasil é composta por fontes de energia limpas. Mas vale lembrar que entre essas fontes está, por exemplo, a energia hidrelétrica. A instalação de uma usina hidrelétrica não é tão limpa assim, já que a instalação de uma usina causa um enorme impacto ambiental.
O mesmo vale para a energia eólica, cujo ruído pode ocasionar impactos, além da poluição que pode gerar a criação de parques eólicos e solares devidos a alguns materiais utilizados.
A energia é limpa se desenvolvida e tratada com cuidado.
