Misterioso tubarão branco exibe características nunca vistas antes

SoCientífica
OCEARCH / Charlotte Observer

Em histórias e filmes de terror, os tubarões brancos tem sido objeto de grande curiosidade e medo. A ideia de dar um belo mergulho e se deparar com um desses predadores gigantescos, com dentes muito afiados, pode não ser nem um pouco agradável para quem está acostumado à representação tradicional dos tubarões. Recentemente biólogos marinhos relataram um misterioso tubarão branco se comportando estranhamente ao largo da costa da Carolina do Norte.

O tubarão de mais de 3 metros, batizado de Shaw, demonstrou um comportamento peculiar, recusando-se a migrar para o sul para águas mais quentes, como fazem todos os outros de sua espécie.

Mas porquê?

O predador há mais de três meses em uma “caminhada” misteriosa para cima e para baixo no mesmo trecho da costa ao largo da Virgínia e Carolina do Norte, e os especialistas agora têm uma teoria.

A OCEARCH começou a rastrear a estranha fixação costeira do predador em dezembro, e o tubarão ainda estava lá. Shaw apareceu no satélite às 4:13 da manhã ao largo do Cabo Hatteras nos Bancos Exteriores.

A agência de pesquisa sem fins lucrativos acredita que esse comportamento estranho pode se resumir a uma questão de temperatura do oceano, especificamente uma mancha ao largo do Cabo Hatteras conhecida como “faunal break”.

Os tubarões brancos costumam cruzá-lo facilmente e passam os meses mais frios a sul do intervalo, mas Shaw tem flertado com a linha há mais de um mês, e não dá nenhum sinal de atravessá-la. Outros tubarões brancos marcados pela organização sem fins lucrativos “passaram a barreira”, então a OCEARCH não tem certeza porque Shaw está tão relutante.

https://www.facebook.com/OCEARCH/posts/10162603301440167?__tn__=-R

“O misterioso tubarão branco Shaw parece apreensivo por ter atravessado o intervalo faunístico no Cabo Hatteras. A pausa é uma espécie de barreira, causada principalmente pelas diferenças de temperatura da água, que impede o movimento para norte ou sul de muitas espécies. Os tubarões brancos costumam atravessá-la facilmente e passam os meses mais frios a sul do intervalo, mas Shaw tem vindo a flertar com a linha há mais de um mês”, escreveu a OCEARCH em um post no facebook.

Alguns dados recolhidos pela OCEARCH sugerem que os tubarões jovens preferem ficar perto do seu viveiro nos primeiros dois anos de vida. Mas segundo os dados coletados no dia 1º de outubro, quando foi marcado ao largo de Lunenburg, Nova Escócia, o tubarão não é mais um filhote.

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Shaw tem flertado com a linha há mais de um mês, e não dá nenhum sinal de atravessá-la. (Imagem: Robert Snow / OCEARCH)

Ainda não há nenhuma certeza sobre o porquê do jovem tubarão está se comportando dessa maneira, mas é possível que, assim como os tubarões menores, Shaw tenha dificuldade de desapegar da mãe, permanecendo em seu berçário.

Você pode obter mais informações ou observar todos os passos dos tubarões marcados e estudados pela OCEARCH diretamente no site da organização clicando aqui.

FONTE / Charlotte Observer

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