Júpiter pode ter absorvido outro planeta em uma enorme explosão, afirmam cientistas

Damares Alves

O núcleo de Júpiter é uma enorme e bizarra mistura de rochas sólidas misturadas a bolha difusa de hidrogênio gasoso. Como ele poderia ter se formado há milhares de anos, é um grande mistério.

Mas agora os cientistas estão sugerindo que o gigante gasoso pode ter absorvido um outro protoplaneta durante uma enorme colisão quando nosso sistema solar estava se formando, segundo a Science.

Uma colisão frontal cataclísmica

Uma possível explicação é que tenha ocorrido uma colisão frontal cataclísmica há cerca de 4,5 bilhões de anos entre o jovem planeta Júpiter e um dos inúmeros protoplanetas grandes que provavelmente povoaram o início do sistema solar, relatam cientistas planetários na Nature. Essa colisão teria feito Júpiter absorver o protoplaneta, que pode ter tido até 10 vezes a massa da Terra, fazendo com que seus dois núcleos densos se combinassem e se difundissem após apenas 10 horas.

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Outras teorias

Uma equipe de astrônomos do Japão, China, Suíça e EUA usou dados da sonda espacial Juno da NASA para investigar a estrutura e composição de Júpiter.

Embora a teoria de uma colisão frontal cataclísmica seja a mais plausível, os pesquisadores também testaram outras possíveis explicações para como o núcleo interno de Júpiter se tornou tão difuso, como a erosão gradual causada por ventos de alta velocidade ou a possibilidade de que o núcleo contivesse gás desde o início. Mas o impacto antigo, segundo os cientistas, não é apenas uma explicação plausível, mas pode ser a que melhor combina com os dados observacionais.

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Se eles estiverem certos, isso significa que nosso sistema solar foi um ambiente extremante violento, onde protoplanetas colossais poderiam colidir uns com os outros e até mesmo se fundir.

O artigo científico foi publicado na Nature.

FONTE / Science

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