Embora a Voyager 1, o objeto humano mais longínquo no espaço, feita na década de 1970, esteja muito longe neste momento e ainda enviando informações até nós do espaço profundo, ela nunca será capaz de tirar uma foto do Sistema Solar. Ou da Via Láctea. E definitivamente nunca de todo o universo observável. Mas com um pouco de proezas matemática e artística, podemos juntar o que temos e ver como tudo se parece lá de fora.
Você pode notar que a Terra parece estranhamente grande em comparação com praticamente todos os outros objetos retratados. A razão é que Pablo Carlos Budassi criou esta imagem em uma escala logarítmica, e não a escala linear que você geralmente vê em imagens astronômicas.
Para obter uma melhor compreensão da escala, pense nesta imagem plana como um cone apontado diretamente para você. O sol está na ponta. Cada seção do cone mais distante de você representa um campo de visão várias ordens de grandeza maiores do que a anterior.
Budassi conseguiu fazer isso coletando mapas, fotografias e dados de pesquisadores da Universidade de Princeton e da NASA. Em 2005, uma equipe de pesquisadores da Princeton publicou uma coleção de mapas logarítmicos do universo no Astrophysical Journal (você pode vê-los aqui). Enquanto eles se parecem mais com gráficos do que com fotografias, os pesquisadores conseguiram “exibir com precisão toda a gama de escalas astronômicas da vizinhança da Terra até as microondas cósmicas de fundo” para uma escala logarítmica.
Usando esta informação, Budassi reuniu as reuniu no “Photoshop usando imagens da NASA e algumas texturas criadas por ele próprio”. O resultado final? Nosso universo estranhamente vislumbrante, não exatamente em escala, mas talvez o melhor resultado que nós pudemos chegar até agora.
FONTE / Curiosity
Uma versão desta matéria foi publicada em 25 de fevereiro de 2018.