J. R. R. Tolkien descreveu em seu livro mais famoso, “O Senhor dos Anéis”, a fortaleza de Sauron, contendo a torre Barad-dûr e o Olho de Sauron. Acontece que pesquisadores acabam de batizar um vulcão subaquático em homenagem ao romance de Tolkien.
Pesquisadores detectaram pela primeira vez a estrutura durante uma missão de pesquisa de biodiversidade marinha, a bordo do Investigator, navio que pertence ao Australia’s Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO). Prontamente, os pesquisadores identificaram a semelhança de um vulcão colapsado com um olho gigante.
Como se espera de um fã de Tolkien, os pesquisadores nomearam três estruturas com apelidos vindos do universo d’O Senhor dos Anéis, colocando mais algumas referências a Tolkien na ciência mundial: O Olho de Sauron, Barad-dûr e Ered Lithui.
Apesar do nome, o vulcão não é a fortaleza de um ser maligno antigo (assim esperamos). Na verdade, os cientistas identificaram que o olho é uma caldeira vulcânica a mais de 3km de profundidade. Esse tipo de estrutura, por conseguinte, se forma quando um vulcão colapsa, desaba sobre a própria estrutura.
Além do mais, o olho tem um formato oval, com 6,8 km de comprimento na extremidade mais larga. Apesar de ser uma estrutura enorme, os pesquisadores apenas o detectaram com o auxílio de um sonar multifeixe – tecnologia de ponta na exploração dos mares.
Vulcão mais antigo que a Terra Média
O Olho de Sauron, Barad-dûr e Ered Lithui na verdade são três vulcões bastante antigos. De acordo com estimativas da pesquisa, eles se formaram há pelo menos 100 milhões de anos ao lado de uma antiga cordilheira submarina.
Ademais, o monte Ered Lithui esteve, há milhares de anos, acima do nível do mar, o que o conferiu um aspecto plano na superfície. Contudo, a geodinâmica acabou afundando o conjunto ao longo de milhões de anos.
Já o Olho de Sauron provavelmente se formou e colapsou durante o período em que todo o conjunto estava afundando. Isso formou uma estrutura cercada por cristas rochosas no formato de um ovo. No centro ficou um monte de sedimentos restantes também do vulcão, a pupila de Sauron.
Com informações de Live Science.