Recentemente, pesquisadores desenvolveram uma nova imunoterapia que parece promissora em camundongos com melanoma.
Ao longo dos últimos anos, as pesquisas mudaram a forma como o câncer é visto e abordado. Embora os tratamentos utilizados atualmente funcionem bem, infelizmente podem causar de efeitos colaterais graves.
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A imunoterapia trata-se de evitar esses efeitos colaterais e usar nossas próprias defesas para “matar” as células cancerígenas. Mas algumas células imunes podem “virar-se” e servir a célula cancerígena. Seria bom, portanto, combatê-los, é o que diz um novo estudo.
Rebeldes entre os macrófagos
Os macrófagos são grandes células imunes que estão presentes para “devorar” e destruir patógenos em nosso organismo, normalmente atacam as células cancerígenas porque entendem que elas são disfuncionais e devem ser destruídas. Entretanto, existe um subtipo muito específico de macrófago, que desempenha o papel oposto: os macrófagos CD163, que vêem o tumor como uma célula normal que precisa ser regenerada. Obviamente, a sua presença no tumor não trás nada de bom para a sobrevivência do paciente.
Guerra nas estrelas
Para melhor entendimento, podemos comparar o câncer com a saga Guerra nas estrelas. O corpo do paciente é a república. O Chanceler Palpatine é o tumor. Anakin Skywalker juntamente com os clones são os macrófagos, já os Jedi que estão tentando restaurar a ordem são as células imunes que viram através do jogo do tumor. Eles sabem que é prejudicial e tentam combatê-lo.
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O estudo sugere que os macrófagos que funcionam como uma espécie de “força de manutenção da paz” que mantém os “atacantes” afastado.
Uma excelente notícia para a medicina
Em um estudo recente pesquisadores conseguiram reduzir drasticamente o tamanho de tumores em camundongos combatendo esses macrófagos. Ao remover apenas 10% das tropas, as células imunes normais podem atacar o tumor muito mais facilmente.
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Esse é um estudo promissor, mas muitas questões permanecem, particularmente sobre aplicações em humanos e para outros tipos de câncer. Não se sabe, por exemplo, quais são os efeitos a longo prazo de remover os de macrófagos do organismo.
A pesquisa foi publicada no Journal of Experimental Medicine.
FONTE / Futura-Science