Os 2 maiores vulcões submarinos e como eles se formaram

Mateus Marchetto
Imagem: iStock

Um vulcão é uma abertura pela qual o magma do manto do planeta extravasa para a superfície. Quando essas aberturas se formam sob a superfície do oceano, surgem os vulcões submarinos. Apesar de pouco conhecidos, esses vulcões podem tomar proporções enormes e mudar completamente o assoalho oceânico.

Tamu Massif

O Tamu Massif é um vulcão submarino localizado no fundo do Oceano Pacífico, a 1.600km ao leste do Japão. Esse vulcão não só é gigante, mas é o maior vulcão submarino conhecido. Segundo estimativas, o cone do Tamu Massif possui inacreditáveis 553.000 km². A título de comparação, o estado de Minas Gerais possui 586.000 km².

O maciço de magma solidificado tem seu cume a 19.00 metros de profundidade, e altura da base até o cume é de 4.400 metros.

1724px Tamu Massif the Earths largest volcano about 1000 Miles east of Japan
Vulcão sumarino Tamu Massif. Imagem: IODP via Wikipedia Commons

Segundo estimativas, a estrutura deve ter se formado há pelo menos 145 milhões de anos, na interface entre Jurássico e Cretáceo, quando dinossauros como o Giganotossauro ainda andavam pelo planeta.

Felizmente não há evidências de que o Tamu Massif esteja ativo, ou que possa ter uma erupção em um futuro próximo. Também não se sabe ao certo quando foi a última erupção do vulcão.

Gardner Pinnacles

Outro dos maiores vulcões submarinos do planeta, o Gardner Pinnacles na verdade não está completamente submerso. Seu cume emerge no arquipélago do Havaí e está a 52 metros acima da superfície do mar. Abaixo do nível da água, contudo, o cone do vulcão tem aproximadamente 4.200 metros de altura.

1680px Gardnerpinnacles
Cume do Gardner Pinnacles. Imagem: Andy Collins – NOAA Northwestern Hawaiian Islands Coral Reef Ecosystem Reserve

Assim como o Tamu Massif, não há indícios de quando ocorreu a última erupção deste vulcão submarino. Contudo, estimativas indicam que o magma dentro da cavidade pode atingir 1.700 °C, a temperatura mais alta já registrada em um vulcão.

Origem dos vulcões submarinos

O núcleo, manto e crosta são as três principais divisões das camadas do planeta. Em média, o manto fica entre 30km e 2.900km de profundidade e é a camada mais espessa do interior da Terra. No manto, a rocha derretida fica em estado fluido, o que permite a circulação deste material, de acordo com o aquecimento proveniente do núcleo.

Assim como nos vulcões terrestres, os vulcões submarinos se originam a partir de falhas na crosta que permitem o escape do magma presente no manto. Essas falhas geralmente ocorrem em limites entre placas tectônicas, onde a pressão e temperatura criam fraturas na rocha da crosta. Os limites entre as placas do Pacífico, Indiana e das Filipinas, por exemplo, são as áreas com maior atividade vulcânica do planeta.

Quando essas falhas acontecem no fundo do oceano, contudo, o processo de formação de minerais pela solidificação do magma é diferente, uma vez que a água resfria a rocha derretida mais rápido. Isso gera composições litológicas diferentes no cone dos vulcões submarinos.

Compartilhar