Nos últimos anos, a popularidade do óleo de coco cresceu muito.
Isso porque são muitos os benefícios listados para a saúde: redução da gordura da barriga, fortalecimento do sistema imunológico, prevenção de doenças cardíacas e até afastamento da demência.
Por outro lado, alguns o chamam de veneno. Dadas essas afirmações contraditórias, a questão é: ainda há espaço para esse óleo em uma dieta saudável?
Óleo de coco tem benefícios?
Cerca de 84% das calorias do óleo de coco vêm da gordura saturada.
Para termos uma ideia de comparação, 14% das calorias do azeite de oliva e 63% das calorias da manteiga são de gordura saturada.
Por exemplo, isso explica porque a manteiga e a banha são sólidas em temperatura ambiente, assim como o óleo de coco.
Também tem longa vida útil e capacidade de suportar altas temperaturas de cozimento, como diz a nutricionista Lisa Young, PHD.
Ao contrário das gorduras saturadas, as gorduras insaturadas são líquidas à temperatura ambiente. Elas podem melhorar os níveis de colesterol no sangue e reduzir a inflamação, entre outros benefícios cardiovasculares.
As gordurais insaturadas são encontradas predominantemente em óleos vegetais, nozes, sementes e peixes.
A American Heart Association (AHA) divulgou um parecer científico recomendando a substituição das gorduras saturadas da dieta, incluindo o óleo de coco, por gorduras insaturadas.
Além disso, nos ensaios clínicos, o óleo de coco aumentou os níveis de colesterol LDL, o “colesterol ruim”.
Isso tudo explica a má reputação desse óleo vegetal para muitas autoridades de saúde.
Mas ele pode ter salvação.
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Como usar o óleo de coco?
A gordura saturada desse óleo vegetal é composta principalmente por triglicerídeos de cadeia média.
Algumas pessoas sentem que essa gordura no corpo é tratada de forma diferente do que as gorduras de cadeia mais longa em óleos vegetais líquidos, laticínios e carnes gordurosas.
Os fãs do óleo vegetal ressaltam a utilização dele em lugares como Polinésia e Sri Lanka em grandes quantidades.
Elas consomem produtos de coco diariamente e não parecem ter altas taxas de doenças cardíacas.
Mas, obviamente, há outros fatores como genética, dieta geral e atividade física diária que agem para neutralizar qualquer possível impacto negativo que a alta ingestão de coco pode ter na saúde do coração, relata Young.
É bom para o coração? A American Heart Association diz para limitar a gordura saturada a não mais do que 13 gramas por dia.
Essa é a quantidade encontrada em cerca de uma colher de sopa de óleo de coco.
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Com base nas evidências atuais, o óleo de coco não é nem superalimento, nem um veneno.
Em vez disso, vamos pensar nesse óleo como uma opção intermediária, com sabor único e melhor consumido em pequenas quantidades.
Também é importante ressaltar que o óleo de coco é uma alternativa periódica a outros óleos vegetais, como oliva ou canola, que são ricos em gordura insaturada.
Essa escolha alimentar deve ser feita no contexto de um padrão alimentar saudável geral e dentro dos limites recomendados para a ingestão de gordura saturada.