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Usando proteínas recombinantes de algas, pesquisadores conseguiram recuperar parcialmente a visão de um paciente cego há 40 anos. Imagem: analogicus/ Pixabay

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Homem cego recupera parcialmente a visão após terapia optogenética

Mateus MarchettoPorMateus Marchetto
26 de maio de 2021
26 de janeiro de 2022
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Diversas doenças e acidentes podem causar a perda da visão. O tratamento, por conseguinte, geralmente é difícil. Desde a morte das células da retina até a falta de transmissão da informação até o cérebro, a perda de visão pode ter vários motivos. Todavia, um homem francês que fora completamente cego pelos últimos 40 anos recuperou parte da visão com auxílio de uma terapia optogenética.

Aos 18 anos o homem (que teve sua identidade preservada) foi diagnosticado com retinite pigmentosa. Essa doença tem raízes genéticas e é degenerativa, além de não haver nenhum tratamento eficaz no mercado hoje. A retinite pigmentosa causa a degradação das células da retina, evitando que a informação visual chegue aos neurônios.

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Imagem: tookapic/Pixabay 

Todavia, a nova terapia optogenética, utilizada pela equipe do Instituto de Visão de Paris, usou proteínas de algas para estimular a visão do paciente. No momento da publicação dos resultados, o homem conseguia ver faixas de pedestre, além de objetos em cima de uma mesa.

O tratamento, por conseguinte, foi relativamente longo, mas apresentou resultados importantes. Os autores relatam que o paciente estava frustrado no começo da pesquisa, sem resultados significativos. Contudo, após quatro meses e meio o homem já conseguia distinguir objetos com auxílio de um óculos especial. Sete meses após o início do tratamento, ademais, o paciente conseguia distinguir os objetos sem o auxílio dos óculos.

Fundamentos da terapia optogenética

Certas células do corpo humano, principalmente aquelas associadas ao sistema nervoso, se reproduzem muito pouco. Por esse motivo o Alzheimer ou doenças relacionadas à visão possuem um tratamento tão difícil.

Tendo isso em visa, os pesquisadores utilizaram um vetor viral (vírus inofensivo) para inserir um pedaço de DNA nas células restantes na retina do paciente. Esse pedaço de DNA continha o gene para a produção de uma proteína chamada ChrimsonR, pertencente a uma família de proteínas que são sensíveis à luz. pesquisadores retiraram esse gene, vale ressaltar, de algas que produzem tais proteínas.

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Imagem: WikimediaImages/Pixabay 

Assim, a ChrimsonR reage na presença de luz âmbar, mais próxima do espectro vermelho da luz. Isso permitiu que o homem anteriormente cego pudesse identificar objetos com auxílio dos óculos (que intensificavam a luz em frequências do vermelho). Os vários meses do tratamento, entretanto, foram necessários para que a proteína se acumulasse em quantidades suficientes na retina para que ela de fato tivesse algum efeito.

A cura completa da doença, contudo, ainda continua num horizonte muito distante. Mesmo assim, a pesquisa acaba de abrir oportunidades de tratamentos para centenas de doenças relacionadas à perda da visão.


O artigo está disponível no periódico Nature Medicine.

AVISO: Esta publicação é de divulgação e educação sobre temas relacionados à saúde e não substitui o acompanhamento profissional de um médico, psicólogo, nutricionista ou outro especialista.

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