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Planeta Terra

Existe apenas um exemplar do mineral mais raro da Terra

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Minerais são compostos sólidos e cristalinos de componentes químicos definidos, que geralmente se formam em condições específicas. Ao longo do planeta existem milhares de minerais diferentes, sendo alguns mais comuns que outros. O mineral mais raro do mundo, contudo, possui apenas um exemplar conhecido, além de um nome bastante estranho: kyawthuita.

No ano de 2015, o mineral foi descoberto no interior de Mianmar. No mesmo ano, o composto foi caracterizado e identificado como o único existente com aquele arranjo químico e cristalino. Com a fórmula química Bi3+Sb5+O4 (bismuto, antimônio e oxigênio), o mineral possui uma cor avermelhada, parecida com o âmbar.

Apesar de parecerem extremamente raros, o antimônio e o bismuto são relativamente bem distribuídos na composição da crosta e do manto da Terra. O bismuto, por exemplo, é mais comum que o ouro, enquanto o antimônio é mais comum que a prata.

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O difícil, entretanto, é a combinação certa de pressão, tempo e temperatura para que esses elementos se combinem em estruturas cristalinas. Por isso mesmo, a região onde a kyawthuita foi descoberta é importante para a história toda.

Há 180 milhões de anos, o supercontinente Gondwana começou a se separar, o que ocasionou a colisão de boa parte da Índia com o Sul da Ásia. Em Mianmar, esse choque entre massas continentais levou a uma configuração geológica ótima para a formação de minerais: muita pressão e temperatura no ponto de encontro entre os continentes.

Essa alta pressão e temperatura leva, geralmente, ao rearranjo dos átomos de maneiras bastante específicas, que não ocorreriam em condições ambiente. Não por acaso, o segundo mineral mais raro planeta também vem de Mianmar.

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O segundo mineral mais raro do mundo

Com uma descoberta antecedente à da kyawthuita, a painita foi descoberta em 1952 – e confundida com rubis de início. A painita se tornou mais comum conforme o tempo passou desde sua descoberta, mas continua sendo um dos minerais mais raros da Terra.

O mineral possui cristais hexagonais e os primeiros exemplares foram doados ao Museu Britânico pelo seu descobridor, Arthur Pain, em 1954. Em 1979 e em 2001, respectivamente, apenas outros dois exemplares de painita foram encontrados em todo o mundo. Atualmente há mais amostras, frequentemente descobertas associadas a rubis, que também são frequentemente coletados em Mianmar.

Em geral, a radiação infravermelha é utilizada para determinar a composição química de um mineral. Diferentes componentes químicos irão refletir, absorver e refratar a radiação de maneiras diferentes, o que permite que especialistas conheçam a composição exata de um mineral.

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No caso da painita, a fórmula química é CaZrBAl9O18 (cálcio, zircônio, boro, alumínio e oxigênio). O mineral ainda pode conter resíduos de vanádio e crômio, o que confere-lhe uma coloração avermelhada, mais uma vez muito semelhante aos rubis.

Curiosamente, o boro e o zircônio quase nunca se combinam em minerais, já que suas formas mais estáveis são com outros elementos químicos. A combinação só foi possível, novamente, devido à peculiaridade geológica da formação destes minerais em Mianmar.

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