Paradoxo de Fermi

Felipe Miranda
Imagem: Pixabay

O Paradoxo de Fermi é uma das questões que mais assombram a humanidade: se há aliens lá fora — e pelo tamanho do universo, é bem razoável pensar que provavelmente há —, onde estão eles?

Quando o grande Físico Enrico Fermi começou a pensar sobre os aliens, ele foi realizando algumas associações: dado o tamanho do universo, é bem provável que a vida tenha surgido algumas vezes, e alguns desses locais gerado vida inteligente. Dada a idade do universo, é bem plausível se pensar que essas civilizações inteligentes tenham se espalhado. Entretanto, ao olhar para nosso entorno, não vemos nada.

Disso nasceu um profundo questionamento: cadê os aliens?

Dessa questão, podemos fazer algumas suposições, como: os aliens existem, mas não querem contato; os aliens não existem e somos a primeira civilização a existir.

Com isso, muitas mentes começaram a pensar em soluções para o Paradoxo de Fermi. Assim, nasceu a teoria do Grande Filtro.

O Paradoxo de Fermi e as possíveis explicações

O Paradoxo de Fermi é baseado no contraste entre as estimativas da presença de vida inteligente em um universo tão grande e a ausência de evidências.

Na década de 1960, o radioastrônomo Frank Drake propôs o que é chamado hoje de Equação de Drake. A equação tenta estimar a presença de civilizações inteligentes em nossa galáxia por meio de algumas variáveis que ele estabeleceu por sua lógica. Sua estimativa original era de 20 civilizações inteligentes na Via Láctea para as estimativas mais pessimistas, e 1000 a 100 milhões para as estimativas mais otimistas.

Ou seja, para Drake, na pior das hipóteses, deve haver pelo menos duas dezenas de civilizações inteligentes na Via Láctea. Como, então, nunca conseguimos detectá-las de maneira alguma?

Talvez a vida seja mais especial do que imaginamos e seja extremamente rara — rara o suficiente para haver poucos espécimes em cada galáxia. Mesmo assim, com tantas tentativas, nunca sequer detectamos um simples sinal de rádio que fora confirmado como de origem inteligente.

Paradoxo de Fermi
Enrico Fermi. Imagem: Reprodução.

Talvez a vida não seja tão rara assim, mas seja nova no universo. Alguma característica do universo possibilitou que a vida se formasse apenas recentemente, e em todos os pontos onde surgiu, a vida inteligente está dando ainda seus primeiros passos.

Talvez haja um grande filtro que impossibilite a vida inteligente de se tornar intergaláctica. A tecnologia que a vida inteligente produz é usada contra sua própria espécie e ela se destrói antes de atingir um estado interestelar ou intergaláctico — seja por mudanças climáticas, seja por guerras nucleares ou outros quaisquer filtros que se repetem em todas as civilizações que chegam a determinado estado.

A mais aterrorizante das possibilidades é, talvez, a de sermos a única civilização inteligente em todo o universo.

Quem foi Enrico Fermi?

Enrico Fermi é um dos maiores físicos da história. Ele se destacou, inicialmente, pelo seu trabalho durante o desenvolvimento do primeiro reator nuclear da história — já que seu papel foi de extrema importância. Além da física nuclear, Fermi ganhou grande notoriedade por suas contribuições na física de partículas e no desenvolvimento da teoria quântica.

Enrico Fermi foi agraciado com o Nobel de física de 1938 “por suas demonstrações da existência de novos elementos radioativos produzidos pela irradiação de nêutrons, e por sua relacionada descoberta de reações nucleares provocadas por nêutrons lentos”.

A busca incansável por respostas

Milhares de cientistas pelo mundo estão incansavelmente em busca por sinais de vida inteligente. Projetos como o SETI utilizam telescópios, radiotelescópios, radares, radiointerferômetros e diversos tipos de dados para tentar localizar sinais de vida pelo universo.

O primeiro exoplaneta descoberto foi confirmado apenas em 1995. Nesses quase 30 anos, milhares de exoplanetas foram descobertos. O primeiro exoplaneta só foi confirmado três décadas após a equação de Drake. Ou seja, ainda somos muito novos nisso. Quem sabe logo não possamos confirmar a vida fora da Terra ou, melhor ainda, a vida inteligente fora da Terra?

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