Causas e efeitos da destruição da camada de ozônio

Dominic Albuquerque

Entender as causas e efeitos da destruição da camada de ozônio nos ajuda a compreender as consequências climáticas pelas quais o planeta está passando hoje.

A camada de ozônio é uma cobertura na estratosfera feita de uma alta concentração de ozônio. Como resultado de sua composição química, o ozônio é um tipo especial de oxigênio que contém três moléculas de oxigênio (O3), ao invés de duas (O2).

A camada de ozônio circula a Terra e é um fenômeno natural, encontrando-se entre 15 e 30 km acima do solo. Ela age como um escudo contra os raios ultravioleta emitidos pelo Sol.

A camada é constantemente gerada e quebrada devido aos diversos processos atmosféricos e reações químicas que ocorrem. Isso faz com que sua espessura varie em termos geográficos e sazonais.

Causas e efeitos da destruição da camada de ozônio

As causas

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Gases que emitem efeito estufa são prejudiciais à atmosfera. O aumento dos raios UV, com a destruição da camada de ozônio, amplia esse problema.

As causas e efeitos da destruição da camada de ozônio se originam da atividade humana. Ao contrário da poluição, que tem várias causas, há um composto químico específico que é responsável pela destruição da camada de ozônio.

Esses compostos químicos estão presentes em muitos produtos industriais e aerossóis. Eles estão listados abaixo.

Clorofluorcarbonos (CFCs)

Os clorofluorcarbonos (CFCs) são a causa primária da destruição da camada de ozônio. Produtos industriais como solventes, aerossóis em spray, espumas isolantes, recipientes, sabões e objetos de refrigeração, como geladeiras e ar-condicionado usam CFCs.

Ao longo do tempo, essas substâncias se acumulam na atmosfera e são levadas pelo vento até a estratosfera. Quando na estratosfera, as moléculas dos CFCs são quebradas pela radiação ultravioleta, o que libera átomos de cloro. Os átomos de cloro reagem com o ozônio, iniciando um ciclo químico que destrói o “ozônio bom”.

Substâncias que destroem a camada de ozônio

Há outras substâncias químicas que destroem a camada de ozônio, conhecidas na sigla em inglês como Ozone Depleting Substances (ODS). Exemplos incluem o brometo de metila usado em pesticidas, o clorofórmio de metila usado na fabricação de solventes industriais e os halons usados em extintores de incêndio.

Essas substâncias também reagem quimicamente com o ozônio, iniciando um ciclo químico que destrói o ozônio bom.

Outros químicos

Outros químicos que apresentam reações similares com o ozônio bom incluem o Clx, Hox e Noy, que pertencem, respectivamente, às famílias do cloro, hidrogênio e nitrogênio.

Os efeitos

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As causas e os efeitos da destruição da camada de ozônio originam problemas e consequências sérias à saúde humana, das plantas, assim como aos ecossistemas marinhos e os ciclos biogeoquímicos. Vejamos os efeitos abaixo.

Efeitos na saúde humana

Com a destruição da camada de ozônio, a espécie humana fica mais exposta aos raios UV que alcançam a superfície terrestre. Estudos sugerem que esses altos níveis causam câncer de pele, além do desenvolvimento de catarata, uma patologia ocular.

Exposição contínua aos raios UV também pode reduzir a resposta do sistema imunológico, e até causar danos permanentes em alguns casos. Além disso, os raios UV envelhecem a pele, acelerando esse processo.

Efeito nas plantas

As plantas também são atingidas pelos efeitos dos raios UV. Os processos fisiológicos e de desenvolvimento das plantas são afetados de maneira severa, além do crescimento. Outras mudanças incluem a maneira que as plantas se formam, o tempo do desenvolvimento e crescimento, assim como a distribuição de nutrientes na planta, seu metabolismo, etc.

Efeitos nos ecossistemas marinhos

Os raios UV também afetam os ecossistemas marinhos. O efeito é negativo nos plânctons, que formam a base das cadeias alimentares aquáticas. O fitoplâncton cresce próximo à superfície d’água, e desempenha um papel vital na cadeia alimentar e no ciclo oceânico do carbono.

Mudanças nos níveis dos raios UV afetam a orientação e motilidade dos fitoplanctons, o que reduz sua sobrevivência e taxa de crescimento. Os raios UV também afetam o desenvolvimento de peixes, camarões, caranguejos, anfíbios e outros animais marinhos.

Quando isso ocorre, toda a cadeia alimentar é afetada.

Efeitos nos ciclos biogeoquímicos

O aumento na radiação UV altera tanto as fontes quanto os sumidouros dos gases de efeito estufa na biosfera, como o dióxido de carbono, monóxido de carbono, sulfeto de carbonila, ozônio e possivelmente outros gases.

Mudanças nos níveis de UV contribuem para reações na biosfera e atmosfera que mitigam ou amplificam as concentrações atmosféricas desses gases.

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