Araucárias em extinção garantem alimento para animais e impulsionam a economia

Milena Elísios
Uma araucária em meio à vegetação. Imagem: Reprodução Web

Araucárias são árvores de extrema importância para a fauna e flora brasileira. Apesar de serem consideradas comuns, essas árvores estão ameaçadas de extinção e possuem um papel fundamental no ecossistema.

Durante o inverno, um período de escassez na mata, as araucárias se tornam uma fonte vital de alimento para muitos animais. Dentre as aves beneficiadas estão a gralha-azul, a maitaca, o papagaio-de-peito-roxo e o papagaio-charão, que se deliciam com os pinhões, as sementes dessa árvore.

Mas não são apenas as aves que se beneficiam do alimento da araucária. Mamíferos como a cutia e o rato-do-mato também aproveitam os pinhões que caem no chão. Através dos vestígios encontrados no solo, é possível identificar quais animais passaram pelo local em busca de alimento.

Além de sua relevância para a fauna, as araucárias possuem um apelo paisagístico único. Essas árvores conferem uma beleza singular às paisagens onde estão presentes, tornando-se um atrativo para turistas e amantes da natureza.

As araucárias fazem parte de um grupo de pinheiros que são considerados uns dos mais antigos do planeta Terra. Existem evidências de que dinossauros herbívoros se alimentavam das folhas dessas árvores há milhões de anos. Essa característica histórica confere ainda mais importância à preservação dessa espécie.

A presença das araucárias também movimenta a economia em algumas regiões. A extração dos pinhões, por exemplo, gera empregos e impulsiona o comércio local. Os pinhões são utilizados na culinária da região sul, em pratos típicos e na produção de diversos produtos alimentícios.

Diante da ameaça de extinção das araucárias, é fundamental adotar medidas de preservação. A conscientização sobre a importância dessas árvores para o equilíbrio do ecossistema e para a sobrevivência de diversas espécies de animais é essencial.

A proteção das áreas onde as araucárias estão presentes, assim como a proibição da exploração predatória dos pinhões, são ações necessárias para garantir a sobrevivência dessa espécie e a preservação da biodiversidade brasileira.

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