De certa maneira, todas as aranhas são venenosas, mas cada uma em um certo nível e de certa maneira. Elas utilizam o veneno como uma maneira de predação, já que são predadoras de insetos (algumas predam até mesmo pequenos pássaros e filhotes de ratos). No entanto, entre as aranhas mais venenosas do Brasil, estão aranhas que não só paralisam pequenos insetos, mas que podem paralisar facilmente um ser humano adulto.
Aranhas convivem muito com o ser humano. Elas se adaptaram ao cenário urbano e conseguem se hospedar em locais pouco movimentado de construções, locais com a presença de entulho, terrenos. Esse tipo de paisagem é um local bastante propício para alguns animais venenosos, como aranhas e escorpiões.
O medo de aranha é algo que está no imaginário popular. A aranha-caranguejeira, por exemplo, embora não possa fazer grandes males ao ser humano, causa bastante medo por sua aparência e tamanho. Mas ela ainda pode causar irritações nos olhos e nas vias respiratórias, dependendo de como ocorre o contato.
Aranhas não são insetos
Muitas pessoas não sabem, mas aranhas não são insetos. As aranhas fazem parte de outro grupo distinto – o dos aracnídeos. Diversas características diferem os dois grupos.
Os insetos, da classe Insecta, possuem três segmentos no corpo, três pares de pernas, olhos com uma composição de lentes múltiplas e um exoesqueleto quitinoso.
Já as aranhas, da classe taxonômica Arachnida, possuem corpos com dois segmentos, oito pernas, olhos simples e a habilidade de tecer seda.
As aranhas mais venenosas do Brasil
Conheça um pouco sobre as aranhas mais venenosas do Brasil, seus hábitos e características.
Aranha-marrom
As aranhas-marrons (ou Loxosceles, em seu nome científico), podem ser encontradas sob rochas, em buracos de árvores, cavernas e outros tipos de fendas. Além desses locais na natureza, elas podem marcar presença nas casas.
O veneno da aranha-marrom tem efeitos variados no ser humano, que podem variar desde uma dor com vermelhidão no local, até necrose, grandes feridas, febre, náuseas e vômitos, causando um grande mal-estar na vítima.
Segundo o Butantan, o Brasil possui, oficialmente, 18 espécies de aranha-marrom catalogadas. No mundo, são 132 espécies da aranhas.
Viúva-negra
A viúva-negra (gênero Latrodectus) possui uma neurotoxina – ou seja, sua toxina age nas células nervosas. Ela é pequena, e mede cerca de 1 centímetro.
A aranha leva o nome após algumas pesquisas flagrarem a fêmea comendo seus parceiros após o acasalamento, mas isso ocorre de maneira relativamente rara: cerca de 2% das vezes.
Sua toxina pode causar dores intensas nos músculos, náuseas, dor de cabeça, alterações cardiorrespiratórios e, em alguns casos, levar até mesmo ao óbito.
Há quatro espécies conhecidas da aranha no Brasil.
Aranha-armadeira
O termo aranha-armadeira engloba as aranhas do gênero Phoneutria. Segundo a secretaria de saúde do Paraná, uma espécie específica de aranha-armadeira, a Phoneutria nigriventer é a principal responsável por acidentes com aranhas na cidade de São Paulo.
Abrigando-se sob troncos, palmeiras e até mesmo entre folhas de bananeira, a caçadora pode se esconder até mesmo em sapatos, atrás de cortinas e próximos a locais de entulho. Agressiva, seu veneno pode até mesmo levar a um evento letal.
Tarântula
As tarântulas são as maiores aranhas do mundo. A maior parte das espécies de tarântulas são encontradas na América do Sul e seu habitat favorito são florestas tropicais.
Caçadoras noturnas, elas podem se alimentar até mesmo de pequenos lagartos, cobras e sapos. Seu veneno ajuda a dissolver a carne da presa, facilitando sua alimentação.
Embora ela esteja na lista, é mais pela aparência medonha do que pelo veneno. No ser humano, a picada de uma tarântula deve ser parecida com a picada de uma abelha.
