Não é necessário ser um devoto da saúde para prolongar a vida. De acordo com pesquisadores da saúde pública, pequenos hábitos saudáveis ao longo das nossas vidas podem ser mais benéficos do que uma abordagem radical de tudo ou nada. Mai Nguyen, especialista em ciências da saúde no Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, analisou alguns dos hábitos de saúde mais impactantes.
Na sua pesquisa, apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Nutrição em Boston, ela descobriu que a incorporação destes oito hábitos no dia a dia pode fazer uma diferença significativa nas chances de uma pessoa viver uma vida longa e saudável:
- Ser fisicamente ativo
- Estar livre de dependência de opioides
- Não fumar
- Gerir o estresse
- Ter uma boa alimentação
- Não beber excessivamente com regularidade
- Ter boa higiene do sono
- Ter relações sociais positivas
Estes hábitos, muitos dos quais aparecem na lista Life’s Essential 8 da American Heart Association, existem num espectro. Isso significa que eles não requerem uma abordagem tudo ou nada.
Segundo Nguyen, o exercício regular parece ter o maior impacto. Ela usou a equivalente metabólica de tarefa (MET), uma medida da quantidade de oxigênio consumida durante uma determinada atividade. Atividade física que aumentou a longevidade foi classificada em sete ou mais METs por semana.
O hábito que teve o menor impacto foi o das relações sociais positivas. No entanto, a ausência destas ainda poderia ser detectada. “Você poderia ver uma diminuição de 5% na mortalidade em comparação à falta de relações sociais positivas”, disse Nguyen.
Nunca é tarde para começar
Nguyen descobriu que homens que integraram todos os oito hábitos até os 40 anos tinham uma expectativa de vida em média 24 anos maior do que homens sem nenhum desses hábitos. Para as mulheres, eram 21 anos a mais.
“Mesmo que você apenas adote uma coisa, você pode ganhar quatro anos de vida aos 40 anos”, diz Nguyen. E, para quem está acima dos 40 anos, Nguyen afirma que é possível ter aumento na expectativa de vida também.
O estudo faz parte da prática conhecida como medicina do estilo de vida, que se concentra em abordar questões subjacentes em vez de seus sintomas. “Pequenas mudanças fazem a diferença”, diz ela. “Mudanças maiores obviamente fazem diferenças maiores, mas cada pequena coisa conta.”
