Sinais misteriosos estão sendo emitidos do centro da galáxia

SoCientífica
Imagem: Sebastian Zentilomo

Estamos recebendo estranhos sinais de rádio do centro da galáxia, e sua fonte é um mistério. Eles parecem ligar e desligar ao acaso, e a fonte deve ser diferente de qualquer coisa que já vimos.

A fonte da radiação foi chamada de “objeto de Andy” e foi descoberta por Ziteng Wang, da Universidade de Sydney na Austrália. Usando o radiotelescópio australiano Square Kilometre Array Pathfinder, ele e seus colegas encontraram as emissões seis vezes em 2020. O radiotelescópio MeerKAT na África do Sul foi usado para conduzir observações adicionais.

O objeto emitiu sinais durante algumas semanas de vez em quando, mas, de acordo com os pesquisadores, na maioria do tempo não emitia nada. Eles apontaram alguns dos telescópios mais potentes que temos para a fonte quando finalmente se iluminou novamente em fevereiro deste ano, vários meses após a detecção inicial, mas não viram nada.

“Olhamos para todos os outros comprimentos de onda que podemos, desde infravermelho a óptico e até raios X, e não vimos nada”, diz David Kaplan, membro da equipe de pesquisa da Universidade de Wisconsin-Milwaukee.

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Via Láctea. Imagem: Sergio Garcia Rill

O fato de não ser visível em outros comprimentos de onda descartou uma série de possibilidades, incluindo estrelas normais e magnetares, que são estrelas de nêutrons com poderosos campos magnéticos.

O objeto de Andy, seja ele qual for, tem um forte campo magnético, como evidenciado pela polarização das ondas de rádio que dele emanam. Seu brilho flutuou até um fator de 100 durante as crises, e essas crises desapareceram rapidamente – tão rapidamente quanto um único dia – indicando que o objeto é pequeno.

Entretanto, nenhum corpo astronômico conhecido possui todas essas características peculiares.

“É um objeto fascinante que escapou de todas as tentativas de explicá-lo”, diz Kaplan. “Pode se tornar um exemplo estranho de uma classe conhecida de objetos, mas isso iria empurrar os limites de como pensamos que essas classes se comportam”.

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