Presidente do Turcomenistão ordenou o fechamento da “Porta do Inferno”

Lorena Franqueto

O presidente do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, ordenou o fechamento da cratera conhecida como “Porta do Inferno”. Em recentes comentários para a televisão, o líder afirmou que as chamas são responsáveis por problemas ambientais e apresentam risco para a região.

Além disso, o mandatário ainda disse: “Estamos perdendo recursos naturais valiosos pelos quais poderíamos obter lucros significativos e usá-los para melhor o bem-estar de nosso povo”, segundo imprensa.

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Imagem: Igor Sasin/AFP

A Porta do Inferno

O nome oficial da cratera é “Cratera de Darvaza”, em homenagem à cidade, mas possui o apelido mais apocalíptico de “Porta do Inferno”. Em 1971, sob o comando da antiga União Soviética, iniciou-se a escavação do buraco para extração de gás no local. No entanto, um grande desastre aconteceu quando toda a plataforma construída desabou e, com isso, formou-se uma grande caverna de gás.

Temendo a emissão de gases perigosos, os geólogos colocaram fogo na cratera para consumir o metano liberado. Eles acreditavam que esse gás queimaria por apenas algumas semanas, mas esse fogo arde no buraco há mais de cinco décadas.

Ao final desses acontecimentos, a Cratera de Darvaza atingiu cerca de 70 metros de largura e pelo menos 20 metros de profundidade. Por isso, de longe na paisagem desértica é possível visualizar as chamas!

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Imagem: Getty Images

Inclusive, a região tornou-se famosa e diversos turistas vão ao Turcomenistão para visitar a “Porta do Inferno”.

Em 2019, o próprio líder do país divulgou um vídeo de si mesmo circundando o buraco com um carro de rali. De acordo com fontes, o país está na quarta maior reserva de gás natural do mundo, mas depende fortemente da exportações de gás!

Vale ressaltar que o líder já solicitou o fechamento da cratera anteriormente. Contudo, mesmo com grandes esforços, o pedido foi recusado em 2010.

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