Pesquisadores da Universidade de Pequim identificaram sete moléculas no fluido uterino de mulheres com câncer de ovário. Esta descoberta promissora pode auxiliar no diagnóstico precoce da doença, que é o oitavo câncer mais comum em mulheres.
O novo teste desenvolvido pelos pesquisadores busca proteínas alteradas, produzidas pelos genes BRCA1 e BRCA2. Estes genes, localizados na tuba uterina, estão relacionados a este tipo de tumor. Apesar de ainda estar em fase preliminar, o teste tem apresentado resultados encorajadores.
A detecção precoce do câncer de ovário é um dos grandes desafios da medicina atualmente. Isso se deve ao fato de que a doença costuma ser descoberta em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e aumenta a taxa de mortalidade. O teste chinês tem a potencialidade de mudar esse cenário.
Para desenvolver o teste, os pesquisadores coletaram fluido uterino de 219 mulheres com câncer. Esse fluido contém células e metabólitos (moléculas) provenientes dos ovários e das tubas uterinas. Eles identificaram sete metabólitos, incluindo os aminoácidos tirosina e fenilalanina, que poderiam ser usados para o diagnóstico.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido antes que esse teste possa ser aplicado clinicamente. A coleta do fluido uterino apresenta dificuldades logísticas e ainda é necessário determinar se esse método é viável para a população geral.
O câncer de ovário geralmente não apresenta sintomas específicos na fase inicial. À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, náusea, indigestão, prisão de ventre, falta de apetite e cansaço constante.
Fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer de ovário incluem idade avançada, fatores hormonais, história familiar de cânceres do ovário, colorretal e de mama, mutações genéticas e excesso de gordura corporal.
FONTE: Novo teste de câncer de ovário pode detectar a doença precocemente – Agência Einstein