Pensamento negativos frequentes relacionados ao Alzheimer precoce

Wellington Reis
Estudo mostra que pensamento negativos frequentes relacionados a maiores chances de de desenvolver Alzheimer precoce. (Imagem: Pikist)

A Alzheimer é uma doença terrível, e todo nós sentimos receio dela fazer parte de nosso futuro ou das pessoas que amamos. Segundo um estudo, há a possibilidade de pensamentos negativos frequentes estarem relacionados ao Alzheimer precoce. Ou seja, nossos pensamentos negativos podem ser um fator importante para ocasionar essa doença.

O estudo que vamos analisar aqui se focou em pessoas com ” pensamento negativo repetitivo”, que se trata de um processo cognitivo complexo. É importante salientar que esses pensamentos não fazem parte apenas de uma tristeza normal, mas uma patológica.

Tais pensamentos foram relacionados ao aumento de um declínio cognitivo e da proteína beta amiloide, normalmente encontrada em pessoas com Alzheimer.

LEIA TAMBÉM: O bilinguismo pode retardar sintomas do Alzheimer

Como a pesquisa está em estágio inicial, não dá para bater o martelo e falar que o que está aqui realmente está comprovado, mas já é uma infomação importante para nós.

Estudo sobre Alzheimer precoce e pensamentos negativos

Para este estudo, foram analisadas 292 pessoas, todas com mais de 55 anos, com uma boa condição física e cognitiva. Contudo, elas possuiam parentes que sofriam de Alzheimer.

Os participantes responderam a um questionário chamado Perseverative Thinking Questionnaire (PTQ), o qual possui 15 perguntas sobre pensamentos sobre passado e futuro. Além disso, foram realizado testes de depressão, ansiedade, e 12 testes cognitivos. Os quais abordavam cognição global, memória imediata, memória atrasada, atenção, cognição visuoespacial e linguagem.

A equipe, so longo do seu artigo, descreveu que “níveis mais altos de RNT foram associados a um declínio mais rápido da cognição global, memória imediata e atrasada ao longo de um período de 48 meses” e que “a RNT foi associada a níveis mais altos de tau no córtex entorrinal (uma região de agregação precoce) e ao amilóide cerebral global em duas coortes independentes”.

LEIA TAMBÉM: Cientistas “limpam” placa de Alzheimer utilizando apenas luz e som

Contudo, é importante lembrar que as pessoas que realizaram o estudo já tinham alta chance de te Alzheimer, portanto, os resultados ainda não podem ser relacionados a uma população em geral.

Há também a possibilidade de ser o contrário do que os cientistas pensam, pois, eles próprios ressaltam que a Alzheimer pode ser um fator para os pensamentos negativos aumentarem, e não ao contrário.

Conclusão

Apesar do estudo ainda possuir muitas questões a responder, o seu avanço será muito importante, pois, se ele se confirmar, os pensamentos negativos e repetitivos poderão ser usados para medir o risco de Alzheimer.

Todos sabemos que padrões de pensamentos negativos fazem um mal considerá a nós, e que eles são indicativos de doenças psicológicas como depressão. Se você possui esse tipo de pensamento, procure psicólogo. A ajuda psicológica é essencial para uma vida saudável e feliz. Não deixe de cuidar da sua saúde mental!

A pesquisa foi publicada pela revista Alzheimer’s & Dementia.

Compartilhar