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Planeta Terra

O primeiro ovo completo do extinto emu-anão australiano

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O emu-anão (Dromaius novaehollandiae minor) é uma subespécie destas grandes aves que viveu na Austrália. Extinta pouco depois da colonização humana, pouco restou nos registros de naturalistas a respeito da espécie. O único ovo completo destes animais, contudo, pode fornecer algumas informações importantes sobre estas aves raras.

Na verdade, existiram duas subespécies de emus-anões na Austrália, ambas extintas hoje (subespécies são equivalentes às raças de cachorro, por exemplo). Contudo, a raça citada acima viveu na Ilha King, entre o Continente Australiano e a Tasmânia, e em nenhum outro lugar do planeta.

Pela sua raridade, também, estes animais se extinguiram pouco após a colonização europeia das ilhas, por volta de 1810, devido à caça excessiva e destruição de hábitats. No entanto, à beira do Yellow Rock River, na Ilha King, pesquisadores encontraram um ovo altamente conservado do emu-anão da região, juntamente a um esqueleto adulto.

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Em maio de 2021, por conseguinte, pesquisadores estudaram o primeiro ovo completo da espécie em comparação a outros 38 ovos de emu do continente (a subespécie viva hoje) e 6 ovos de uma subespécie da Tasmânia.

Emu-anão, ovo gigante

A pesquisa, publicada no periódico Biology Letters, mostrou uma relação curiosa entre o tamanho dos animais e de seus ovos. Apesar do emu-anão da Ilha King ser 42% a 44% menor que os animais do continente, seus ovos tinham o mesmo tamanho. Ou seja, em comparação à massa corporal, os emus-anões tinham ovos gigantes.

Apesar dos ovos do emu-anão serem do mesmo tamanho que os do continente, contudo, o volume e densidade da casca eram menores. Segundo a pesquisa, isso reflete a menor disponibilidade de nutrientes e alimento em ilhas – o que também acarreta o nanismo insular.

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As estratégias de reprodução das subespécies, todavia, eram semelhantes. Ambos os emus-anões e os do continente contam com ninhadas grandes que eclodem ao mesmo tempo e regulação térmica nos recém-nascidos.

“[O volume dos ovos do emu-anão] foi uma resposta a condições ambientais severas em suas respectivas ilhas natais, onde a evolução provavelmente favoreceu filhotes maiores de emus que eram relativamente madures e móveis ao nascer, e podiam imediatamente procurar por comida e manter a temperatura corporal para combater o frio,” afirmam os autores.

As subespécies de emus da Austrália provavelmente começaram a se formar a aproximadamente 11.500 anos. Nessa época, próxima do fim do último Período Glacial, o nível dos mares subiu, formando a ilha da Tasmânia e a Ilha King, ambas que anteriormente faziam parte do continente. Naturalmente, as populações de emus ilhadas começaram a divergir uma das outras por lentos processos evolutivos, eventualmente formando subespécies.

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Dado o isolamento e o tempo suficiente, estas populações poderiam ter formado até espécies diferentes. Todavia, os emus-anões acabaram extintos de forma muito abrupta e pouco se sabe hoje sobre o modo de vida real destes animais.

A pesquisa está disponível no periódico Biology Letters.

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