“A ideia é que, através da matemática, agora podemos projetar um objeto que possa bloquear o som de qualquer coisa”, disse o pesquisador Xin Zhang em um comunicado à imprensa – o que significa que o futuro pode ser muito mais silencioso do que o é agora.
Em um artigo publicado na revista Physical Review B, os pesquisadores descrevem o trabalho que foi feito para criar o que eles chamam de “metamaterial acústico” que pode bloquear o som, sem bloquear o ar ou a luz.
Eles começaram o projeto calculando as dimensões e as especificações que um material precisaria ter para refletir as ondas de som recebidas de volta à sua fonte sem bloquear o ar ou a luz.
Em seguida, eles imprimiram o material em 3D em formato de rosca e o fixaram em uma das extremidades de um tubo de PVC, com a outra extremidade ligada a um alto-falante.
Quando soaram uma nota alta no alto-falante, acabaram descobrindo que a forma bloqueava 94% do som que entrava pelo cano.
“Durante meses, vimos esse tipo de resultado em nossa modelagem por computador – mas uma coisa é ver os níveis de pressão sonora modelados em um computador, outra é ouvir o impacto sozinho”.
Os pesquisadores preveem muitas aplicações para esse novo metamaterial acústico, que eles afirmam não se limitar à forma de rosca demonstrada por suas pesquisas.
“Nossa estrutura é super leve, aberta e bonita”, disseram os pesquisadores. “Cada peça pode ser usada como uma telha ou tijolo para escalar e construir uma parede permeável que cancela o som.”
As implicações deste dispositivo para a arquitetura e o design de interiores são notáveis, porque esses metamateriais podem ser aplicados ao ambiente construído de muitas maneiras diferentes. Por exemplo, eles poderiam ser empilhados para construir paredes à prova de som, mas transparentes.
Eles também notam o potencial de usar o material para amortecer o som de drones, sistemas HVAC ou até mesmo máquinas de ressonância magnética – aparentemente qualquer coisa que faça barulho poderia fazer menos barulho com a adição deste novo material.
O artigo científico foi publicado na revista Physical Review B.
FONTE / Futurism
Uma outra versão deste artigo foi publicada em 18 de março de 2019.