Nova estátua moai é encontrada na Ilha de Páscoa

Uma nova estátua moai – um dos monólitos da Ilha de Páscoa – foi encontrada sob o leito seco de um lago.

Dominic Albuquerque
Imagem: Pixabay

A Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, fica a 3.540 da costa oeste do Chile, sendo o lar de 8 mil pessoas e cerca de mil estátuas maoi. Diferentemente das outras estátuas, encontradas pela ilha, inclusive nos arredores do Lago Rano Raraku, uma cratera vulcânica que forneceu muitas das rochas vulcânicas usadas para construir as estátuas, a nova foi encontrada no fundo do Lago Rano Raraku.

A cratera tinha água doce até o clima mudar, somado a outros fatores, como o uso humano, que o fizeram secar nos últimos anos. Em 2018, a água do lago tinha quase desaparecido.

Terry Hunt, professor de arqueologia na universidade do Arizona, EUA, contou ao Good Morning America que quando se pensa que conhecemos todas as estátuas moai, uma nova aparece.

As estátuas moai, cujo torso fica enterrado no solo, são famosas por suas cabeças esculpidas e pelo “Pukao”, uma espécie de chapéu feito com uma rocha vermelha. Os monólitos são enormes, com a maior das estátuas, a Moai Paro, tendo 10 metros de altura e pesando 90 toneladas.

A nova estátua, contudo, é menor que as outras encontradas, tendo 1,60 de altura.

image
Imagem/Reprodução: AFP

As estátuas moai

Os habitantes indígenas de Rapa Nui construíram as estátuas num intervalo de 500 anos, entre os séculos XIII e XVIII EC, segundo um estudo de 2019 na revista PLOS One.

“Eles representam os ancestrais deificados dos habitantes atuais da ilha”, contou Hunt. “Eles são parte de uma tradição polinésia de honrar os ancestrais”.

Os pesquisadores planejam usar a datação por radiocarbono na matéria orgânica associada à rocha para descobrir quando ela foi esculpida, contou na transmissão Salvador Atan Hito, vice-presidente da Comunidade Indígena de Ma’u Henua.

A nova descoberta representa uma ótima notícia para os estudiosos e entusiastas, uma vez que várias estátuas maoi sofreram danos nos últimos anos.

O diretor da comunidade ainda contou que, pelo menos nos últimos 200 ou 300 anos o lago tinha três metros de profundidade, o que significa que não seria possível ter deixado a estátua lá nesse período.

O vulcão Rano Raraku e suas estátuas são patrimônio mundial da Unesco. A Ilha de Páscoa foi habitada pelos polinésios durante séculos antes do Chile anexá-la em 1888.

Compartilhar