“Estrela de Belém” poderá ser vista no céu durante a semana de Natal

Erik Behenck
Imagem: Alamy Stock Vector.

Os dois maiores planetas do Sistema Solar, Júpiter e Saturno, aparecerão mais próximos do que em qualquer período nos últimos 800 anos. E isso vai acontecer justamente durante a semana de Natal, formando a chamada “Estrela de Belém”.

Eles estão se aproximando bastante desde o início do inverno e poderão ser vistos praticamente como um planeta duplo, no dia 21 de dezembro. E o melhor de tudo: esse fenômeno poderá ser conferido de qualquer parte do mundo, logo após o pôr do Sol.

Os dois gigantes estarão separados por menos de uma lua cheia. Conforme o astrônomo alemão Johannes Kepler, em uma publicação de 1614, a “estrela de Belém” descrita nas histórias que falam sobre o nascimento de Jesus Cristo poderia ser uma união de Júpiter e Saturno.

Outros indicam que os famosos três reis magos poderiam ter seguido uma conjunção tripla, com Júpiter, Saturno e ainda Vênus. Mas, em 2020 esse terceiro não estará junto dos outros. O fenômeno poderá ser visto com mais clareza no equador da Terra.

Estrela de Belém vai aparecer e depois só no fim do século

A última vez que a “Estrela de Belém” foi vista aconteceu em 4 de março de 1226, formando um alinhamento mais próximo entre esses objetos no céu noturno. E a próxima vez que eles estarão tão próximos será no dia 15 de março de 2080, visíveis por ainda mais tempo. Contudo, a conjunção seguinte dos dois astros virá somente em 2400.

“Alinhamentos entre esses dois planetas são bastante raros, ocorrendo uma vez a cada 20 anos ou mais”, disse o astrônomo Patrick Hartigan, da Rice University of Houston, Texas. “Mas essa conjunção é excepcionalmente rara por causa da proximidade dos planetas uns com os outros”, explicou.

Alguns pensam ainda que no dia do nascimento de Jesus um grande cometa iluminou o céu. Dessa vez, os planetas estarão separados por milhões de quilômetros, mas estarão “próximos” devido às diferenças de órbitas. A dupla planetária deve estar baixa no céu ocidental, brilhante o suficiente para ser vista com facilidade.

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(Patrick Hartigan / Rice University)

As melhores vistas serão no equador, mas o fenômeno poderá ser conferido de qualquer parte da Terra. Além dos planetas, boa parte de suas luas também estarão visíveis, no mesmo campo de visão. Quanto mais ao norte estiver o observador, menos tempo terá para fazer o avistamento.

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