Em 1958, especialistas descobriram um novo mamífero marinho no qual batizaram de boto do Pacífico. No entanto, desde a sua descoberta, esses animais sofrem com a pesca ilegal, fazendo com que a sua população entre em declínio. Para que não sejam completamente extintos do planeta Terra, é preciso que o restante da espécie fique sob os cuidados de locais especializados.
Vaquita e a crueldade humana
O nome “Vaquita” (Phocoena sinus) deriva do espanhol e seu significado pode ser interpretado como “pequena vaca”. Foi batizada com essa nomenclatura devido aos círculos em tons escuros que circundam os seus olhos e lábios, semelhante a uma vaca.
Quanto a sua coloração, essa irá depender da sua idade. Quando jovens, apresentam um corpo cinza escuro e a barriga branca, e à medida que envelhecem, adquirem tonalidades mais claras. Um outro fator que restringe o crescimento da população é a reprodução. Uma fêmea só gera um descendente a cada 2 anos.
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Dessa forma, esse mamífero marinho está em desvantagem quanto ao número de animais que são pescados ilegalmente em seu habitat natural. Quando precisam se alimentar, o parente das baleias desdentadas usa a ecolocalização para encontrar a sua presa.
Eles são encontrados no norte do Golfo da Califórnia, no México, e se alimentam de peixes pequenos como a truta marinha e corvina, lulas e camarões também fazem parte do seu cardápio.
A primeira pesquisa feita sobre a população desses animais resultou em um número de 567 indivíduos. Mesmo sendo um valor baixo em relação a outras espécies, ele decaiu para 245 em 2008, quando um novo estudo foi realizado. No momento, a população dessa espécie possui menos de 20 indivíduos.
Mamífero marinho em alerta de extinção
Infelizmente, os maiores predadores das vaquitas são os próprios homens, uma vez que no mar, não existem ameaças naturais. No momento em que o homem decide jogar suas longas redes de pescas no oceano, com intuito de caçar peixes grandes, ele acaba retirando do mar, as vaquitas.
Essa pesca ilegal que ocorre em alguns locais tende a diminuir significativamente, populações de peixes, tartarugas e outros animais marinhos que ficam presos à rede. No Golfo da Califórnia, por exemplo, a pesca intensiva ocorre devido a busca por totoaba (Totoaba macdonaldi). O totoaba possui um grande valor comercial, fazendo com que os pescadores quase conseguissem dizimar a sua espécie.
Esse peixe é protegido pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES), e está listado como ‘espécie em extinção’ no México e Estados Unidos. Após a população apresentar um decréscimo, foi criado em 2005, uma área de refúgio para as vaquitas, afim de proteger os indivíduos que ainda restaram.
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Mesmo com todas as leis criadas para proteger esse mamífero marinho, a espécie está diminuindo cada vez mais. Alguns animais foram capturados e realocados para que tivessem um cuidado mais específico por especialistas. No entanto, eles acabam ficando estressados durante a captura e não conseguem resistir por muito tempo. Assim, até que as leis sejam cumpridas, os responsáveis acreditam que a solução é conscientizar os pescadores, para que esses parem de pescar ilegalmente.
Com informações de Whale Scientists.