Projeção de Mercator

A projeção de Mercator é uma projeção cartográfica desenvolvida por Gerhard Mercator no ano de 1569. Trata-se de uma projeção do tipo cilíndrica conforme, caracterizada pela conservação das formas dos territórios e distorção de seus tamanhos, principalmente daqueles países situados mais distantes da Linha do Equador.

Os paralelos e meridianos, na projeção de Mercator, consistem em linhas retas que se cruzam e formam ângulos retos. Ela é até hoje empregada no desenvolvimento de cartas náuticas, utilizadas nas navegações.

Quais as características da projeção de Mercator

A projeção de distâncias equivalentes de Mercator, consiste em um tipo de projeção cartográfica cilíndrica conforme. Agora, nesse tipo de projeção, a superfície em forma de esfera da Terra fica planificada no formato de um retângulo, como se estivesse projetada sobre um cilindro, Esse último, seria tangente à linha do Equador.

No planisfério projetado por Mercator, os paralelos e meridianos surgem na forma de linhas retas e formam ânulos de 90°, entre si. Nessa projeção, os meridianos aparecem dispostos em intervalos de ângulos iguais em toda a superfície do mapa.

Os paralelos, no entanto, aparecem em intervalos cada vez maiores, à medida que se afastam da linha do Equador. Dessa forma, devido a conservação dos ângulos, as formas dos países e também, dos continentes, ficam preservadas.

Porém, as dimensões dos países das áreas mais distantes da linha do Equador, aparecem com dimensões distorcidas.

Por exemplo, o território da Groelândia fica representado quase com as mesmas dimensões do Brasil, quando na realidade ele é 4 vezes menor em área que o território do Brasil.

Outro exemplo nota-se no continente europeu, onde aparecem dimensões exageradas, além do mais, ele fica colocado no centro do planisfério, o que chamamos de uma projeção eurocentrista.

Diferenças entre a projeção de Mercator e a projeção de Peters

A projeção de Peters foi criada e elaborada pelo historiador alemão Arno Peters no ano de 1974. Por ter  sido elaborada com base na projeção do escocês James Gall, é conhecida como projeção de Gall-Peters.

Trata-se de uma projeção cilíndrica equivalente, de maneira que na projeção de Peters, o território dos continentes e países se mantém conservada, porém, suas formas são distorcidas proporcionalmente.

O espaço entre os paralelos diminuem em relação às altas latitudes, ou seja, o inverso do que notamos na projeção de Mercator

Peters dá aos países como os da América do Sul , uma forma alongada, no sentido norte-sul, o que é considerado como uma crítica ao planisfério de Mercator, sendo que este último, dá uma ênfase aos territórios do norte, como a América do Norte, por exemplo.

Vantagens da Projeção de Mercator

Através da projeção de Mercator é possível ter conhecimento do real formato dos países e continentes, com bastante precisão, uma vez que eles são preservados. Outro ponto importante , é que as latitudes e longitudes são colocadas no ´planisfério através de linhas retas, o que torna fácil a identificação das coordenadas geográficas.

Outro ponto positivo da projeção de Mercator, consiste no fato de que as distâncias e direções são medidas com elevado grau de precisão. Então, esse tipo de projeção cartográfica é bastante usada na produção de cartas náuticas, que são representações de mares e outras superfícies aquáticas e por isso, servem de apoio às navegações.

Suas características fornecem seu uso na produção de mapas com escala bastante pequena , que são aquelas cartas que representam áreas enormes,como por exemplo, o mapa-múndi.

História da projeção de Mercator

A projeção de Mercator foi elaborada pelo cartógrafo Gerhard Mercator, nascido na antiga região europeia de Flandres, atual Bélgica.

A publicação por ele criada do planisfério ocorreu no ano de 1569, que corresponde ao período das Grandes navegações, conhecidas pelo deslocamento  de grandes frotas de navios da Europa  pelo oceano Atlântico em busca de rotas marítimas para a Ásia. Lembre-se, que essa época foi marcada pelo surgimento de colônias europeias na América, na África e na Ásia.

Vale ressaltar que o mapa elaborado por Mercator é uma projeção cartográfica classificada como eurocentrista, como já comentamos mais acima, pois coloca a Europa em um local de destaque, o que reforça a ideia  de centralidade do continente no contexto histórico do século XVI,

Outro ponto interessante, é que Mercator ficou conhecido pela cunhagem do termo Atlas, usado para definir um conjunto de mapas, além disso, foi responsável por uma grande contribuição para a cartografia, devido a esse fato, recebeu o apelido de “pai da cartografia moderna”.

Na direção certa

Em um mundo mais globalmente conectado, a alfabetização geográfica é mais importante do que nunca. À medida que as pessoas se acostumam a mapas de áreas iguais e a ver a Terra em sua forma esférica, equívocos sobre o tamanho dos continentes podem se tornar coisa do passado.