Doença misteriosa em cães foi identificada como coronavírus

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Imagem: Pixabay

Veterinários de vários locais da Inglaterra vêm relatando casos de vômitos agudos desde 2019. A Universidade de Liverpool, através da SAVSNet, Rede de Vigilância Veterinária de Pequenos Animais, coletou dados o suficiente para identificar os casos como uma nova variante do coronavírus entérico canino (CeCoV).

Ao todo, foram 1.258 questionários de casos de veterinários e proprietários, além de 95 amostras clínicas de 71 animais.

Não é o mesmo coronavírus humano

O coronavírus canino afeta apenas cães e não é o mesmo que o SARS-Cov-2, que causa a COVID-19 em humanos. Os pesquisadores não encontraram evidências de qualquer doença semelhante em pessoas.

Os pesquisadores estão, agora, trabalhando em um projeto chamado SAVSNet-Agile com o objetivo de desenvolver um sistema de vigilância para a saúde canina que englobaria todo o país de forma eficiente.

“Desenvolvemos modelos estatísticos complexos para procurar surtos de doenças. Ser capaz de detectar rapidamente o aumento da incidência, sem disparar um alarme falso de uma variação natural aleatória, é o principal problema aqui. Detecção precoce é crucial para o tratamento precoce e monitoramento aprimorado”, disse o Dr. Barry Rowlingson, da Universidade de Lancaster.

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Imagem: David Mark/Pixabay

Informações importantes para prevenir

“O projeto SAVSNet-Agile visa fornecer informações às clínicas veterinárias locais para que possam estar alertas a quaisquer novos surtos.”

Os veterinários começaram a suspeitar de uma causa infecciosa porque os vômitos eram mais frequentes do que o normal na gastroenterite canina.

Os pesquisadores descobriram um aumento específico e significativo no número de cães registrados como exibindo sinais gastroentéricos entre o final de dezembro de 2019 e março de 2020.

Além de reutilizar os registros de saúde, a SAVSNet também coletou dados do questionário de veterinários e proprietários que cuidavam dos animais afetados, bem como de controles saudáveis. Isso mostrou que os cães machos corriam mais risco do que as fêmeas.

O estudo científico foi publicado em Emerging Infectious Diseases. Com informações de Universidade de Lancaster.

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